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Os Presidentes que foram baleados - e os que morreram - nos EUA

14 jul, 2024 - 03:56 • Daniela Espírito Santo

Muitos foram os casos de Presidentes norte-americanos que foram alvos de atentado. Quatro morreram. Outros tiveram melhor sorte.

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O incidente deste sábado, em que Donald Trump assume ter sido baleado numa orelha durante um comício, está longe de ser caso único nos Estados Unidos da América. Os EUA têm um vasto histórico de atentados e tentativas de assassinato dos seus Presidentes e candidatos.

Como recorda a CNN Internacional, quatro presidentes foram mortos no exercício do cargo: Abraham Lincoln, em 1865; James Garfield, em 1881; William McKinley, em 1901; e John Kennedy, em 1963.

Lincoln foi baleado enquanto assistia a uma peça de teatro em Washington, num evento que inspirou muitas obras e peças. Também em Washington haveria de morrer James Garfield, poucos anos depois. Garfield foi baleado numa estação de comboios no mesmo ano em que assumiu a Presidência dos EUA, numa altura ainda bastante conturbada da história política norte-americana.

Vinte anos depois, William McKinley, já a cumprir o seu segundo mandato, foi assassinado por um anarquista, em Buffalo.

Por fim, o caso mais recente e mediático de todos: John F. Kennedy foi assassinado em 1963 quando desfilava num carro descapotável em Dallas. Tinha 46 anos. A sua morte foi filmada e ainda hoje é um dos momentos mais icónicos e, talvez, um dos mais explorados pela indústria cinematográfica.

Outras figuras presidenciais norte-americanas, como Theodore Roosevelt ou Ronald Reagan, também sofreram tentativas de assassinatos e - por sorte - ficaram apenas feridas.

O primeiro garante que só não morreu porque a bala que lhe dirigiram foi "apanhada" por um discurso de 50 páginas que tinha no bolso. Já Reagan também se pôde sentir afortunado: foi baleado num pulmão quando estava apenas há dois meses na Presidência, em 1981.

Sorte teve também George W. Bush, um dos mais polémicos Presidentes norte-americanos da história mais recente, que escapou a uma tentativa peculiar: um homem atirou uma granada na direção do pódio onde estava, em 2005. O engenho não detonou.

Mais casos de sorte? A CNN relembra, por exemplo, o que aconteceu ao Presidente Andrew Jackson: um atirador tentou baleá-lo num funeral, mas a arma falhou.

Muitos são também os Presidentes norte-americanos com histórias de atentados tentados: Franklin D. Roosevelt tinha acabado de ser eleito quando o tentaram matar, em 1933. A bala passou ao lado e matou o "mayor" de Chicago.

Também Harry Truman foi baleado na Casa Branca em 1950. Gerald Ford foi alvo de duas tentativas de assassinato por parte de duas mulheres, ambas apanhadas antes de conseguirem acertar no alvo.

Nem Barack Obama escapou: a CNN confirma que um homem foi acusado de tentativa de assassinato do Presidente em 2011, em plena Casa Branca.

Muito menos sorte tiveram outras figuras, assassinadas antes de terem oportunidade de se tornarem Presidentes: é o caso de Martin Luther King, que inspirava o movimento da luta pelos direitos civis dos negros e, depois de pelo menos três tentativas, foi mesmo baleado, em Memphis. O irmão de Kennedy, Bobby, também se candidatava à Presidência dos EUA quando foi assassinado na Califórnia, cinco anos depois da morte do irmão.

Perante todos estes casos, talvez não seja de estranhar que tanto os Presidentes, como os ex-Presidentes e respetivos vices ficam sob proteção dos Serviços Secretos norte-americanos durante toda a vida.

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