15 jul, 2024 - 15:44 • Diogo Camilo
O julgamento em que Donald Trump era acusado de uso negligente de documentos confidenciais foi anulado esta segunda-feira por uma juíza da Flórida, em mais uma vitória legal do ex-presidente norte-americano, depois do Supremo Tribunal dos EUA ter decidido a 1 de julho que Trump teria imunidade em muitas das suas ações enquanto chefe de Estado.
Neste caso em particular, Donald Trump era acusado de acumular ilegalmente documentos confidenciais que levou para sua casa, em Mar-a-Lago, Palm Beach, na Flórida, depois de deixar a Casa Branca em 2021.
Parte da documentação foi confiscada pelo FBI durante buscas à propriedade de Trump na Flórida, em agosto do ano passado, com o ex-presidente dos EUA a ser acusado também de obstrução aos esforços do FBI para recuperá-los.
A decisão de anular o julgamento acontece apenas dois dias depois de Trump ter sido alvo de uma tentativa de assassinato, durante uma ação de campanha para as presidenciais no estado da Pensilvânia.
O ex-chefe de Estado deverá ser nomeado esta semana formalmente como o candidato do Partido Republicano para as eleições que se realizam a 5 de novembro, durante a Convenção do Partido que se realiza em Milwaukee.
Este é um dos quatro processos criminais levantados contra Trump, sendo a primeira vez que um dos processos acaba anulado. Os procuradores podem ainda recorrer da decisão, depois da juíza Aileen Cannon ter concordado com a defesa do magnata numa ordem de 93 páginas em que defendeu que a Constituição "deu ao Congresso um papel central na nomeação de oficiais" e que esse "papel não pode ser usurpado pelo Poder Executivo", seja "neste caso ou em outro caso, seja em tempos de maior necessidade nacional ou não".