16 jul, 2024 - 17:21 • João Pedro Quesado
Emmanuel Macron aceitou esta terça-feira a demissão do governo liderado por Gabriel Attal, o primeiro-ministro da França. No dia seguinte às eleições legislativas antecipadas, o Presidente francês adiou a demissão de Attal até estar asegurada "a estabilidade do país".
Segundo um comunicado do Palácio do Eliseu (a residência oficial do primeiro-ministro francês), o governo de Attal demitiu-se oficialmente esta tarde, mas vai permanecer em funções até à nomeação de um novo governo. Os Jogos Olímpicos, realizados este ano em Paris, começam a 26 de julho.
No comunicado, o Eliseu afirma que "cabe às forças republicanas trabalhar em conjunto para construir uma união à volta de projetos e ações no serviços dos homens e mulheres francesas". Uma frase que ecoa o sentimento expressado por Emmanuel Macron numa carta aberta publicada na semana passada, em que o Presidente francês declarou que "ninguém ganhou" as eleições legislativas antecipadas e pediu uma coligação de partidos com "valores republicanos".
Esta terça-feira, a coligação entre socialistas, comunistas e ecologistas apresentou Laurence Tubiana como candidata a primeira-ministra. A proposta não é apoiada pelo França Insubmissa, de Jean-Luc Mélenchon, que também fazia parte da Nova Frente Popular que venceu a segunda volta das legislativas.
A Nova Frente Popular (NFP), uma aliança montada entre o partido de extrema-esquerda França Insubmissa e os partidos Socialista, Verde e Comunista, conquistou inesperadamente o maior número de assentos na segunda volta das eleições antecipadas convocadas por Emmanuel Macron, mas não a maioria.