Pressionado a desistir da candidatura, Biden apela à união

Pressionado a desistir da candidatura, o Presidente norte-americano, Joe Biden, recorreu esta quinta-feira à noite às redes sociais para apelar à união.

“A unidade pode ser um dos nossos objetivos mais ilusórios, mas acredito firmemente que nada é tão importante. Nós podemos fazer isso. E devemos”, escreveu o candidato democrata às eleições presidenciais de 5 de novembro.

“Devemos isso àqueles que deram suas vidas por este país. Devemos isso a nós mesmos. E devemos isso aos nossos filhos e aos nossos netos”, sublinhou.

A mensagem de campanha é acompanhada por um vídeo narrado por Joe Biden, em que o Presidente começa por afirmar que a diferença de opiniões "é inevitável na democracia americana".

A política não pode ser um "campo de batalha literal" e muito menos um "campo de morte", mas sim um espaço para o "debate pacífico, para procurar a justiça e tomar decisões guiadas pela Declaração de Independência e pela Constituição dos Estados Unidos.

A publicação na rede social X (antigo Twitter) é divulgada no dia em que foi noticiado que o antigo Presidente Barack Obama também já admite que Joe Biden deve avaliar a sua recandidatura.

Segundo o “The Washington Post”, que cita “múltiplas” fontes, Obama apenas conversou com Biden uma vez desde o debate de 27 de junho, e considera que deve ser o Presidente a tomar a decisão sobre o futuro da candidatura.

Já de acordo com o "The New York Times", que cita várias fontes próximas do Presidente, Joe Biden começou a aceitar a ideia de que será inevitável desistir da recandidatura à Casa Branca.

Segundo o jornal, quatro pessoas próximas do atual Presidente dos EUA acreditam que Biden está a interiorizar a ideia da desistência da campanha. Enquanto uma fonte indica que Joe Biden ainda não tomou uma decisão, outra disse que “a realidade está a instalar-se" na mente do ainda recandidato à Casa Branca.