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Eleições nos EUA

Trump: “Levei um tiro pela democracia”

20 jul, 2024 - 23:08 • João Carlos Malta

Donald Trump tem o primeiro comício desde que foi alvo de uma tentativa de assassinato. Num discurso inflamado acusou os democratas de serem contra a democracia, por não respeitarem a decisão de Biden ser o candidato do partido.

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O candidato republicano e ex-presidente dos EUA, Donald Trump, disse que “levou um tiro pela democracia”, no primeiro comício, que se realiza este sábado no estado do Michigan, depois do atentado de que foi vítima há exatamente uma semana na Pennsylvania.

Numa referência à tentativa de assassinato, Trump começou por dizer: "Continuam a dizer que [sou] uma ameaça à democracia. Que raio fiz eu pela democracia? Na semana passada, levei um tiro pela democracia. O que é que eu fiz contra a democracia?".

Trump foi recebido num recinto com 12 mil apoiantes que gritavam em êxtase: “EUA, EUA, EUA”. E voltou a repetir que apenas a intervenção de Deus permitiu que ele ali estivesse. "Eu não devia estar aqui", dizendo a mesma frase que já havia dito há uns dias.

Mas logo de seguida assegurou que está "mais forte do que nunca". "Vamos lutar, lutar, lutar e ganhar, ganhar, ganhar", gritou. Trump tinha um pequeno penso na orelha direita em que foi alvejado a tiro.

Democratas anti-democratas

O candidato republicano referiu-se aos democratas como opositores da democracia, sendo que o afastamento de Biden, segundo Trump, justifica essa ideia, porque o atual presidente foi o escolhido pelo partido nas primárias.

E sendo várias vezes sarcástico com os democratas disse que estes “não fazem ideia de quem é o seu candidato, e nós também não”. "Isso é um problema", resumiu.

O tom manteve-se quando decidiu pôr os apoiantes a fazer uma sondagem em tempo real sobre qual o candidato democrata que mais queriam ver a concorrer contra ele. Pelos gritos dos apoiantes, Joe Biden é o preferido. Mas se for Harris, Trump diz que fica contente apesar de ela ter "feito um trabalho terrível".

Sobre as próximas eleições, Trump considera-as “as mais importantes da história do nosso país”.

Imigrantes na mira

Voltou a repetir uma alegação sem evidencia factual, a de que os democratas abrem as portas a imigrantes para que eles votem naquele partido e que tem dúvidas de que a eleição será conduzida de forma justa.

Trump prometeu que levará a cabo a maior ação de deportação da história e que a invasão de imigrantes "está a destruir o nosso país". "Temos uma nova forma de crime, o crime migrante", considera.

Mas, Trump promete que vai ganhar e que a "lei e a ordem estará de volta às ruas".

Os jornalistas também estiveram mais uma vez na mira do candidato republicano que quando falou da inflação, olhou e apontou para os repórteres apelidando-os de "radicais de esquerda".

A importância do Michigan

O Michigan é um estado em que as votações costumam ser bastante disputadas entre democratas e republicanos, sendo considerado um "swing state". Em 2016, Trump ganhou naquele estado a Hillary Clinton, mas quatro anos depois perdeu contra Biden.

Trump quer voltar a ganhar ali e ganhar a eleição nacional. "Daqui a quatro meses vamos ganhar o Michigan e recuperar a Casa Branca e com a vossa ajuda fazer a América grande outra vez", rematou.

Ainda sobre o atentado de há uma semana, Trump agradeceu a todo o carinho que recebeu desde esse dia e revelou que alguns líderes mundiais também lhe enviaram mensagens, entre os quais o presidente chinês, Xi Jinping, que considerou "um tipo incrível".

"Uma mensagem linda", qualificou o republicano.

Comentários
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  • Maria
    21 jul, 2024 Palmela 08:31
    Ele levou foi um tiro pla orelha!

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