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Eleições nos EUA

Jovens, afro-americanos e latinos. Campanha de Kamala Harris define caminho para vencer eleições

24 jul, 2024 - 23:51 • João Pedro Quesado

1,4 milhões de pessoas doaram mais de 126 milhões de dólares em 48 horas à campanha da vice-presidente dos EUA. Votação da nomeação de Kamala Harris deve começar a 1 de agosto.

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A campanha de Kamala Harris quer captar mais votos entre os jovens, afro-americanos e latinos norte-americanos para assegurar a vitória nas eleições presidenciais de 5 de novembro, nos Estados Unidos da América (EUA). A informação surge num documento da campanha, revelado esta quarta-feira pelo “Politico”.

No memorando, a diretora da campanha da vice-presidente declara, com base numa sondagem de meados de julho, que “7% dos eleitores continuam indecisos”, e que esses eleitores são “desproporcionalmente afro-americanos, latinos, e sub-30".

“É mais provável que tenham apoiado a candidatura Biden-Harris em 2020, e duas vezes mais provável que sejam democratas do que republicanos. Estes eleitores também apoiam desproporcionalmente os candidatos democratas no resto do boletim de voto e temos uma clara vantagem de temas e caráter”, aponta Jen O’Malley Dillon.

Afirmando que a Kamala Harris tem “múltiplos caminhos” para atingir os 270 votos eleitorais no Colégio Eleitoral, a responsável coloca o foco nos estados do Michigan, Wisconsin e Pensilvânia (parte da chamada “Parede Azul”) e ainda na Carolina do Norte, Geórgia, Arizona e Nevada (no “Cinturão do Sol”).

“Temos a intenção de jogar ao ataque em cada um destes estados, e temos os recursos e a infraestrutura de campanha para o fazer”, sublinhou a diretora da campanha.

A organização, que foi transferida de Joe Biden para Kamala Harris nas horas seguintes à desistência do Presidente dos EUA, angariou mais de 126 milhões de dólares de 1,4 milhões de doadores únicos entre o anúncio de Biden e a noite de terça-feira. Desses doadores, 64% fizeram um donativo pela primeira vez neste ciclo eleitoral, e 74 mil pessoas passaram a ser doadoras regulares para a campanha.

A campanha diz ainda que 100 mil pessoas se voluntariaram para trabalhar com a campanha desde o anúncio de Joe Biden. No Nevada, os novos voluntários chegaram a fazer fila à porta da sede de campanha local.

O memorando da campanha indica que Kamala Harris tem vantagem entre os eleitores afro-americanos, latinos, asiáticos-americanos e nativos das ilhas do Pacífico, mulheres e jovens, estando “bem-posicionada” para expandir o base de apoio que elegeu Biden em 2020.

O índice de aprovação de Harris é “19 pontos mais elevado do que o de Trump entre eleitores brancos e com educação superior, e 18 pontos mais alto que o de Trump entre eleitores com mais de 65 anos”, indica a campanha.

Jen O’Malley Dillon considera ainda que a desistência de Joe Biden acrescenta “mais eleitores persuadíveis” num “ambiente eleitoral altamente polarizado”, tornando a eleição “mais fluída”.

Kamala Harris é agora a provável candidata do Partido Democrata à Casa Branca em 2024. O partido indicou esta quarta-feira que a votação da nomeação vai começar a 1 de agosto, caso não apareça nenhum candidato rival até 30 de julho.

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