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Faixa de Gaza

EUA pressionam por cessar-fogo em reuniões de Netanyahu com Biden e Harris

25 jul, 2024 - 23:15 • Reuters

Uma das primeiras líderes políticas dos EUA a pedir um cessar-fogo, Kamala Harris acompanha de perto a linha da administração norte-americana, concentrando-se na situação dos palestinianos e, ao mesmo tempo, apoiando o direito de Israel à autodefesa.

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Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos da América (EUA), recebeu esta quinta-feira o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que está na capital norte-americana para garantir apoio a Israel agora e depois das eleições presidenciais de novembro. A reunião na Casa Branca foi observada de perto, à procura de sinais de como a provável candidata do Partido Democrata pode mudar a política americana sobre Israel se se tornar Presidente.

Horas antes, Joe Biden pressionou por um cessar-fogo para a guerra de 9 meses na Faixa de Gaza. O encontro entre o Presidente dos EUA e o primeiro-ministro de Israel foi o primeiro desde a viagem de Biden para Israel dias após o ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro, e Biden prometeu de novo apoio norte-americano.

"Temos muito que conversar", disse Kamala Harris ao cumprimentar Netanyahu, repetindo quase palavra por palavra o que Joe Biden disse quando se encontrou com o líder israelita no início do dia.

Uma das primeiras líderes políticas dos EUA a pedir um cessar-fogo, Harris acompanhou de perto a linha da administração norte-americana, concentrando-se na situação dos palestinianos e, ao mesmo tempo, apoiando o direito de Israel à autodefesa.

"Israel tem o direito de se defender. E como o faz importa", afirmou Kamala Harris após o encontro. "Tornei clara a minha preocupação séria sobre a terrível situação humanitária", sublinhou a candidata, acrescentando que não vai "ficar em silêncio".

O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que ainda há diferenças entre Israel e os militantes do Hamas que comandam o enclave na busca por um cessar-fogo, mas que as duas partes estão "mais próximos agora do que nunca".

"Ambos os lados precisam fazer concessões", declarou Kirby.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matt Miller, disse: "Acho que a mensagem do lado americano nessa reunião será que precisamos fechar esse acordo."

A visita coincide com uma mudança na política americana. No domingo, Biden, com 81 anos, afastou-se das eleições presidenciais dos EUA, e apoiou Harris para a nomeação presidencial do partido em 2024.

"Temos muito que conversar", disse Biden ao receber Netanyahu na Sala Oval. "Quero agradecer pelos 50 anos de serviço público e 50 anos de apoio ao estado de Israel", disse Netanyahu a Biden.

Biden e Netanyahu encontraram-se antes com as famílias dos reféns americanos mantidos pelo Hamas. Representantes das famílias disseram aos repórteres que esperam por um acordo de cessar-fogo que trouxesse os reféns para casa.

"Viemos hoje com um sentido de urgência", disse Jonathan Dekel-Chen, que descreveu um maior otimista sobre um acordo desde a primeira libertação de reféns israelenses de um cessar-fogo anterior.

Relação tensa entre Biden e Netanyahu

As relações entre Biden e Netanyahu estão tensas há meses por causa da ofensiva israelita em Gaza, na qual mais de 39.000 pessoas foram mortas, segundo as autoridades de saúde em Gaza.

Os EUA são um grande fornecedor de armas de Israel, e protegeram o país de votações críticas das Nações Unidas.

Ainda não se sabe se Biden, ou Harris, que muitas das primeiras sondagens desde que se tornou candidata mostram estar empatada com o republicano Donald Trump, podem ter alguma influência sobre Netanyahu.

Na sexta-feira, Benjamin Netanyahu viaja para a Flórida para se encontrar com Trump.

Harris está alinhada com Biden em relação a Israel, mas tem adotado um tom mais duro para com o país.

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