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Venezuela. Oposição reclama vitória com base em 73% das atas eleitorais

30 jul, 2024 - 00:15 • Ricardo Vieira, com agências

O candidato Edmundo Gonzalez Urrutia, apoiado pela líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, considera que o seu triunfo é "irreversível".

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A oposição venezuelana contestou esta segunda-feira a proclamação de Nicolás Maduro como Presidente e garante que venceu as eleições, com base em 73,2% das atas eleitorais.

O candidato Edmundo Gonzalez Urrutia, apoiado pela líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, considera que o seu triunfo é "irreversível".

Em conferência de imprensa, Maria Corina Machado afirma ter em seu poder 73,2% das atas eleitorais que provam o triunfo da oposição sobre Nicolás Maduro, por cerca de quatro milhões de votos.

De acordo com esta informação, Edmundo Gonzalez Urrutia terá mais de 6,2 milhões de votos e Maduro 2,2 milhões.

"Neste momento, emociona-me muito dizer-vos a todos que temos 73,2% das atas e com este resultado o nosso Presidente eleito é Edmundo Gonzalez Urrutia", declarou a líder da oposição venezuelana, que foi impedida de se candidatar às eleições de domingo.

Maria Corina Machado apela às autoridades eleitorais que divulguem a totalidade das atas eleitorais.

No domingo à noite, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) adiantou que Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo com 51,20% dos votos, à frente do candidato da oposição Edmundo Gonzalez Urrutia, que obteve pouco menos de 4,5 milhões (44,2%).

O CNE está a ser acusado de não divulgar as atas eleitorais que comprovam a reeleição de Nicolás Maduro para mais um mandato, entre 2025 e 2031.

De acordo com o jornal "El Mundo", há indícios de "fraude massiva" na Venezuela, uma vez que 47% das atas dos resultados apontam para um vitória esmagadora do candidato da oposição Edmundo González, que terá conseguido 70% dos votos, contra 30% de Nicolás Maduro.

As restantes atas eleitorais foram levadas por funcionários da administração de Maduro ou por militares, antes que os dados fossem confirmados, indica a mesma fonte.

Também esta segunda-feira, um conselheiro da oposição que vive na embaixada argentina desde que foram emitidos mandados de prisão, disse nas redes sociais que as forças de segurança estavam a tentar entrar no edifício.

“Neste momento, funcionários do DAET estão tentando invadir a residência da embaixada da Argentina em Caracas, onde estão os seis requerentes de asilo da campanha de Maria Corina Machado e Edmundo Gonzalez”, disse Pedro Urruchurtu na rede social X.

O dia a seguir à vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais está a ser marcado por protestos em vários pontos da Venezuela.

Na capital Caracas, a Polícia disparou gás lacrimogéneo contra manifestantes que contestam o resultado eleitoral, avança a agência AFP. Os manifestantes responderam às forças de segurança com o arremesso de pedras.

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