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Tensão no Médio Oriente

Netanyahu não vai "ceder" a pressão para acabar guerra

31 jul, 2024 - 18:31 • João Pedro Quesado com Reuters

Primeiro-ministro de Israel avisou para dias "desafiantes" no futuro próximo. Não falou na morte do líder do Hamas, mas assumiu a autoria israelita do ataque que matou o principal comandante do Hezbollah.

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Benjamin Netanyahu disse esta quarta-feira que não vai "ceder" às pressões para terminar a guerra na Faixa de Gaza. Numa declaração à imprensa após a morte do líder do Hamas, o primeiro-ministro israelita afirmou que Israel está "preparado para todos os cenários".

Netanyahu pediu aos israelitas para terem paciência, afirmando que, nos últimos meses, "não têm parado de me dizer dentro e fora do país para acabar com a guerra". Num tom desafiante, acrescentou que "não cedi a essas vozes então, e não vou ceder-lhes hoje".

"Se tivéssemos cedido a essas pressões, não teríamos eliminado estes líderes do Hamas", acrescentou o líder do governo de Israel, que afirmou ainda que os próximos dias vão ser "desafiantes".

"Desde o ataque em Beirute que há ameaças a surgir de todas as direções. Estamos preparados para todos os cenários e vamos ficar unidos e determinados contra qualquer ameaça. Israel vai cobrar um preço elevado por qualquer agressão contra nós de qualquer arena", afirmou Netanyahu.

Segundo o chefe do governo israelita, o país está a "lutar contra o eixo maligno do Irão" numa "guerra existencial".

Netanyahu declarou ainda "apreço" pelas Forças de Defesa de Israel por matar Fuad Shukur, principal comandante militar do Hezbollah, num ataque em Beirute na terça-feira. O primeiro-ministro de Israel culpou Shukur pelo ataque à vila de Majdal Shams, nos Montes Golã ocupados por Israel, no sábado, e descreveu-o como "um dos terroristas mais procurados no mundo" e "um fator chave na ligação entre o Irão e o Hezbollah".

Já esta quarta-feira, o Hamas confirmou a morte do líder, Ismail Haniyeh, que estava numa visita oficial a Teerão para a tomada de posse do novo Presidente iraniano. Netanyahu não mencionou este caso no discurso desta tarde.

[notícia atualizada às 18h58]

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