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Egito e Jordânia culpam Israel pela "perigosa escalada" na região

01 ago, 2024 - 07:07 • Lusa

O Egito é, juntamente com o Qatar, o principal mediador entre Israel e o Hamas na guerra de Gaza, ao mesmo tempo que é também, juntamente com a Jordânia, um dos primeiros países árabes a normalizar as suas relações com o Estado judeu após assinar um acordo de paz.

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O Egito e a Jordânia responsabilizaram esta quinta-feira Israel pela "perigosa escalada" no Médio Oriente, após o ataque em Beirute que matou um comandante do Hezbollah e a morte, atribuída às forças israelitas, de um líder do Hamas no Irão.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do Egito e da Jordânia, Badr Abdelatty e Ayman Safadi, respetivamente, emitiram uma declaração conjunta na qual acusaram Israel de iniciar esta "escalada perigosa" através da "agressão israelita em Gaza, violações do direito internacional, práticas ilegais na Cisjordânia e assassinatos políticos".

Os governantes instaram ainda o Conselho de Segurança da ONU a adotar uma resolução vinculativa para exigir que o Estado judeu pare a sua ofensiva na Faixa de Gaza e "as suas contínuas violações do direito internacional".

"Durante um telefonema, os dois ministros sublinharam a necessidade de trabalhar com calma para evitar que a região caia num conflito regional abrangente que desestabilizaria o Médio Oriente, especialmente após a recente escalada israelita", destacaram na declaração conjunta.

O Egito é, juntamente com o Qatar, o principal mediador entre Israel e o Hamas na guerra de Gaza, ao mesmo tempo que é também, juntamente com a Jordânia, um dos primeiros países árabes a normalizar as suas relações com o Estado judeu após assinar um acordo de paz.

Os ministros condenaram ainda os "assassinatos políticos", sem entrar em pormenores, nem acusaram Israel de lançar o ataque na madrugada de hoje que matou Ismail Haniyeh em Teerão, pelo qual o Estado judeu não assumiu a responsabilidade.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu hoje que Israel desferiu "golpes severos" nos seus inimigos nos últimos dias, mencionando explicitamente a eliminação do líder militar libanês do Hezbollah, Fouad Chokr, no ataque em Beirute.

Netanyahu garantiu que Fouad Chokr foi "diretamente responsável" pelas mortes, no sábado, no ataque à cidade drusa de Majdal Shams, nos Montes Golãs ocupados por Israel na Síria.

Até agora Israel mantém-se em silêncio relativamente à morte de Haniye, nascido em 1962 no campo de refugiados de Shati, a oeste da cidade de Gaza.

Já o Governo iraniano anunciou três dias de luto nacional, condenando o "ato brutal" que, sublinhou, "acrescentou mais uma folha à vergonhosa lista de crimes cometidos pela seita sionista criminosa e usurpadora [Israel]".

O ayatollah Khamenei, por seu lado, avisou que o Irão irá vingar-se de Israel.

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