05 ago, 2024 - 21:34 • Diogo Camilo
O Supremo Tribunal dos Estados Unidos rejeitou esta segunda-feira um apelo para suspender a sentença do caso Stormy Daniels, que tem sessão marcada para 18 de setembro - cerca de mês e meio antes das eleições norte-americanas.
O pedido foi avançado pelo estado do Missouri, que apelava que o caso em que Donald Trump é acusado de pagamentos ilegais à atriz de filmes pornográficos vai contra a constituição dos EUA, por envolver o candidato presidencial do Partido Republicano.
Em maio, Trump foi considerado culpado de encobrir pagamentos de 130 mil dólares a Stormy Daniels pelo seu silêncio antes das eleições norte-americanas de 2016.
A 3 de julho, a sentença de Donald Trump foi adiada para meados de setembro - a cerca de sete semanas antes das eleições dos EUA -, depois do juiz responsável pelo caso ter pedido mais tempo para avaliar se o ex-presidente norte-americano tem imunidade judicial no caso, após uma decisão do Supremo Tribunal, que concedeu imunidade parcial a Trump no caso do ataque ao Capitólio.
No mesmo dia, o Procurador-Geral do Missouri, o republicano Andrew Bailey, avançou com o pedido ao Supremo para suspender o caso, justificando o pedido com a Primeira Emenda da Constituição, de que os norte-americanos têm o direito a “ouvir e votar no seu candidato presidencial preferido”.
O republicano acusou ainda os “radicais progressistas” de Nova Iorque, onde o caso está a ser julgado, de tentarem inclinar as eleições norte-americanas através de um “ataque direto ao processo democrático”.