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Hamas pede aplicação do plano Biden para trégua em Gaza "em vez de mais negociações"

11 ago, 2024 - 23:48 • Lusa

Na sexta-feira, após 10 meses de guerra, Israel aceitou retomar as negociações em 15 de agosto, com vista a um cessar-fogo e à libertação dos reféns detidos em Gaza pelo Hamas, em resposta a um apelo de mediadores norte-americanos, egípcios e qataris.

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O movimento islamista palestiniano Hamas apelou este domingo para a "aplicação" do plano de três fases proposto pelos norte-americanos para uma trégua em Gaza, "em vez de realizar mais negociações ou apresentar novas propostas".

Na sexta-feira, após 10 meses de guerra, Israel aceitou retomar as negociações em 15 de agosto, com vista a um cessar-fogo e à libertação dos reféns detidos em Gaza pelo Hamas, em resposta a um apelo de mediadores norte-americanos, egípcios e qataris.

Na sua declaração, o Hamas "pede aos mediadores que apresentem um roteiro para implementar o que foi proposto ao Hamas e que este aceitou em 2 de julho de 2024".

Este plano é "baseado na visão do [Presidente norte-americano, Joe] Biden e nas resoluções do Conselho de Segurança da ONU", refere o Hamas, na declaração.

No final de maio, Biden apresentou um plano de três fases destinado a conduzir a "um cessar-fogo duradouro e à libertação de todos os reféns", detidos em Gaza desde 07 de outubro.

Os mediadores, voltou a exigir o Hamas hoje, devem "forçar o ocupante [israelita] a aplicar [este plano], em vez de realizar mais negociações ou apresentar novas propostas que darão cobertura à agressão da ocupação".

O movimento islamista cita, em particular, o ataque israelita que matou no sábado, segundo a Defesa Civil em Gaza, 93 palestinianos, incluindo mulheres e crianças, numa escola que albergava pessoas deslocadas, provocando protestos internacionais.

O exército israelita alegou que a escola foi utilizada pelo Hamas e pela Jihad Islâmica (outro movimento palestiniano armado) para "realizar ataques" contra os seus militares e afirmou ter eliminado "pelo menos 19 terroristas".

Israel prometeu destruir o Hamas após o ataque ao seu território em 07 de outubro, que resultou na morte de 1.198 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelitas.

Das 251 pessoas raptadas, 111 ainda estão detidas em Gaza, das quais 39 estão mortas, segundo o exército israelita.

A ofensiva de retaliação israelita em Gaza fez pelo menos 39.790 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde do governo de Gaza liderado pelo Hamas, que não detalha o número de civis e combatentes mortos.

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