14 ago, 2024 - 22:35 • João Pedro Quesado com Reuters
As forças ucranianas continuaram a avançar na região russa de Kursk esta quarta-feira. Uma semana depois do início da incursão da Ucrânia na Rússia, Kiev diz que os ganhos territoriais podem criar uma zona de proteção estratégica contra ataques da Rússia na região fronteiriça.
A entrada repentina do exército da Ucrânia em território russo apanhou Moscovo de surpresa, forçando a relocalização de forças de zonas no leste e sul da Ucrânia para a região de Kursk. Até então, a Rússia tinha conseguido pequenos ganhos de território este ano.
Volodymyr Zelensky, o Presidente ucraniano, esteve reunido com responsáveis militares para discutir a situação humanitária, e a instalação de um posto de comando militar "se necessário" na região, que Kiev diz já exceder os mil quilómetros quadrados em área ocupada.
No Telegram, Zelensky voltou a referir-se à captura de prisioneiros de guerra russos, que considera potenciais moedas de troca por combatentes ucranianos.
Guerra na Ucrânia
Kiev começou invasão na região fronteiriça de Kurs(...)
O ministro do Interior, Ihor Klymenko, disse que a criação de uma "zona tampão" foi pensada para "proteger as nossas comunidades fronteiriças dos ataques diários dos inimigos".
A Rússia tem atacado repetidamente o território ucraniano a partir das regiões fronteiriças, incluindo Kursk. A Ucrânia tem-se queixado que não se pode defender eficazmente contra estes ataques, devido à hesitação dos países Ocidentais em deixar usar as armas que fornecem contra o território da Rússia, em vez de contra as forças no território ocupado da Ucrânia.
Esta quarta-feira, a Ucrânia anunciou um ataque a quatro bases aéreas russas, atingindo armas aéreas e reservas de combustível com o objetivo de reduzir a capacidade de ataque da Rússia com bombas planadoras. O ataque terá atingido um caça Su-34.
Moscovo afirmou ter abatido 117 drones lançados pela Ucrânia no ataque, assim como quatro mísseis.