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Venezuela. Lula da Silva sugere um Governo de coligação ou novas eleições

15 ago, 2024 - 18:02 • Lusa

Líder brasileiro salientou que Nicolas Maduro "sabe que deve uma explicação ao mundo inteiro".

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O Presidente do Brasil, Lula da Silva, reiterou esta quinta-feira a necessidade de as autoridades venezuelanas divulgarem os resultados das eleições de 28 de julho e sugeriu duas soluções para a crise, um Governo de coligação ou um novo sufrágio.

Numa entrevista à rádio T, Luiz Inácio Lula da Silva disse que "até agora" não se sabe quem ganhou as eleições, porque os resultados não foram divulgados e não foi possível verificar os resultados de forma independente.

O líder brasileiro salientou ainda que o presidente venezuelano, Nicolas Maduro, que foi proclamado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), "sabe que deve uma explicação ao mundo inteiro".

No entanto, Lula disse que está a trabalhar com o México e a Colômbia para encontrar soluções e sugeriu duas ideias: a formação de um Governo de coligação composto por membros do chavismo e da oposição ou a convocação de novas eleições.

"Maduro tem seis meses de mandato. Ele é o Presidente, independentemente das eleições. Se ele tiver bom senso, pode até convocar novas eleições, criando um comité eleitoral com membros da oposição e permitir que observadores do mundo inteiro acompanhem", declarou.

O líder brasileiro garantiu que a sua relação com Maduro, que no passado era muito boa, "se deteriorou", como consequência da "deterioração da situação política na Venezuela", e não se quis comprometer com a situação política na Venezuela.

"O que não posso fazer é precipitar-me e tomar uma decisão. Da mesma forma que eu quero que respeitem o Brasil, eu quero respeitar a soberania dos outros países", afirmou Lula, considerando que "não é fácil nem bom um Presidente dar opinião sobre assuntos internos de outros países".

A proclamada vitória de Maduro para um terceiro mandato consecutivo foi rejeitada e descrita como "fraude" pela oposição e questionada por vários governos estrangeiros e grupos de controlo internacionais.

Desde então, os governos do Brasil, Colômbia e México estão em contacto para ajudar a encontrar uma solução para a crise.

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