21 ago, 2024 - 11:12 • Lara Castro com agências
A Ucrânia atacou Moscovo na quarta-feira com pelo menos 11 drones abatidos pelas defesas aéreas, no que as autoridades russas disseram ser um dos maiores ataques de drones à capital desde que a guerra na Ucrânia começou em fevereiro de 2022.
O Ministério da Defesa russo afirmou ter destruído um total de 45 drones em território russo, incluindo 11 sobre a região de Moscovo, 23 sobre a região fronteiriça de Bryansk, seis sobre a região de Belgorod, três sobre a região de Kaluga e dois sobre a região de Kursk.
Alguns dos drones foram destruídos sobre a cidade de Podolsk, disse o Presidente da Câmara de Moscovo, Sergei Sobyanin. A cidade, situada na região de Moscovo, fica a cerca de 38 km a sul do Kremlin.
“Esta é uma das maiores tentativas de ataque a Moscovo utilizando drones de sempre”, afirmou Sobyanin na aplicação de mensagens Telegram, na madrugada de quarta-feira.
“A defesa em camadas de Moscovo que foi criada tornou possível repelir com sucesso todos os ataques dos UAVs inimigos”.
O ataque ocorre numa altura em que a Rússia avança no leste da Ucrânia, onde controla cerca de 18% do território, e tenta impedir a entrada da Ucrânia na região de Kursk, o maior ataque em território russo desde a Segunda Guerra Mundial.
Também a Ucrânia foi alvo de um ataque noturno com drones, segundo as forças militares de Kiev. As forças ucranianas conseguiram destruir 50 dos 69 drones lançados pela Rússia.
A força aérea disse que outros 16 drones foram provavelmente abatidos por ciberguerra durante o ataque, o que também incluiu dois mísseis balísticos e um míssil de cruzeiro. A Força aérea afirmou que apenas abateu este último.
Guerra na Ucrânia
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Pelo menos 31 civis morreram e 143 ficaram feridos na ofensiva lançada pela Ucrânia a seis de agosto na região russa de Kursk, indicou esta quarta-feira um novo balanço dos serviços médicos russos.
"De acordo com os dados anunciados durante a manhã desta quarta-feira, foram confirmadas as mortes de 31 pessoas devido aos ataques das forças armadas da Ucrânia na região de Kursk", afirmou um porta-voz dos serviços médicos russos, citado pela agência oficial russa TASS.
A mesma fonte acrescentou que o número de feridos ascende agora a 143 pessoas, 79 das quais hospitalizadas em diferentes centros médicos.
No balanço anterior, divulgado esta terça-feira, as autoridades russas tinham confirmado a morte de 17 civis e cerca de 140 feridos desde o início da incursão ucraniana na região fronteiriça de Kursk.
Segundo dados avançados por Kiev, em mais de duas semanas de combates, as tropas ucranianas assumiram o controlo de cerca de 93 localidades e mais de 1.200 quilómetros quadrados do território da região de Kursk.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou que um dos objetivos da ofensiva, que obrigou à retirada de mais de 122 mil pessoas na Rússia, é criar uma zona "tampão" para evitar ataques contra o território ucraniano a partir de zonas de fronteira com a Rússia.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).