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Fundador do Telegram detido em França

25 ago, 2024 - 00:40 • Ricardo Vieira, com agências

​Pavel Durov preso no âmbito de um mandado de prisão. A Polícia francesa considera que a falta de moderadores no serviço de mensagens Telegram permite que a atividade criminosa prolifere.

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O fundador e diretor-executivo do Telegram, um serviço de mensagens encriptadas, foi detido sábado à noite no aeroporto de Bourget, nos arredores de Paris.

A notícia da prisão de Pavel Durov foi avançada pelas estações de televisão TF1 e BFMTV, citando fontes não identificadas.

Pavel Durov fez escala em França no seu jato particular e acabou por ser detido.

De acordo com a TF1, o CEO do Telegram é alvo de um mandado de prisão em França, no âmbito de uma investigação policial preliminar.

A TF1 e a BFMTV adiantam que a investigação está relacionada com a falta de moderadores no Telegram. A Polícia francesa considera que esta situação permite que a atividade criminosa prolifere através daquela aplicação de mensagens.

O Telegram, o Governo francês e a polícia ainda não fizeram comentários.

Moscovo desafia ONGs ocidentais a exigir libertação

A embaixada da Rússia na França está a tomar “medidas imediatas” para esclarecer a situação de Pavel Durov, adianta a agência de notícias estatal russa TASS.

Citando um representante da embaixada russa em França, a TASS informou que não houve nenhum pedido de ajuda da equipa de Durov à embaixada, mas que estava a tomar medidas “imediatas” de forma proativa.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia questiona se as organizações não-governamentais (ONGs) ocidentais vão exigir que as autoridades francesas libertem o fundador do Telegram.

"Vocês acham que eles vão apelar a Paris e exigir a libertação de Durov, ou manterão a boca fechada?", disse Maria Zakharova na aplicação de mensagens Telegram, postando também uma foto de várias ONGs ocidentais.

Com sede no Dubai, o Telegram foi fundado por Pavel Durov, que deixou a Rússia em 2014, depois de se recusar a cumprir as exigências do governo de Vladimir Putin para encerrar as comunidades da oposição na sua rede social VK, que acabou por vender.

O Telegram, particularmente influente na Rússia, na Ucrânia e nas repúblicas da antiga União Soviética, é considerado uma das principais redes sociais, depois do Facebook, YouTube, WhatsApp, Instagram, TikTok e Wechat.

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