30 ago, 2024 - 09:09 • Pedro Mesquita , Lara Castro
O secretário-geral da Frente Polisário foi convidado para as celebrações dos 25 anos do referendo da independência de Timor-Leste.
Brahim Ghali, Presidente da autoproclamada República Árabe Sarauí Democrática, no Saara Ocidental reclamou a realização de um referendo que permita a autodeterminação do povo que vive no Saara Ocidental, tal como aconteceu com Timor.
O Saara Ocidental, ex-colónia espanhola, é um estado parcialmente reconhecido, sendo considerado pela ONU como um "território não autónomo". Há décadas que não se estabelece um acordo definitivo, face ao impasse nas negociações entre Marrocos e a Frente Polisário, movimento de libertação que luta pela independência do Saara Ocidental, apoiada pela Argélia.
Brahim Ghali vai reunir com António Guterres, o Secretário-Geral da ONU, em Dili, capital de Timor-Leste para lhe dizer “que vai organizar um referendo para autodeterminação” da República Árabe Sarauí, “o mais cedo possível”.
O líder da Frente Polisário garantiu aos jornalistas que o referendo é uma questão de tempo.
“Nunca se perde a esperança. O nosso povo vai triunfar, é uma questão de tempo.”
80% do território do Saara Ocidental é controlado por Marrocos que defende um plano de autonomia sob a sua soberania. Em contrapartida, o movimento Polisário exige um referendo de autodeterminação sob a égide da ONU tal como ficou determinado numa resolução das Nações Unidas em 1991.