01 set, 2024 - 23:04 • Ricardo Vieira, com Reuters
Centenas de milhares de pessoas manifestaram-se este domingo em Israel a exigir um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza que permita o regresso dos reféns a casa.
A pressão está a aumentar sobre o governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, depois de seis reféns terem sido encontrados mortos em Gaza.
Durante as manifestações deste domingo nas principais cidades de Israel foram registados alguns confrontos com a polícia e uma autoestrada foi cortada em Telavive.
Pelo menos 15 pessoas foram detidas, avança a edição online do jornal Haaretz.
“Cada dia é como um jogo de roleta russa que Netanyahu que está a jogar”, declarou a mãe de um refém em poder do movimento palestiniano Hamas.
Os militares israelitas anunciaram ter recuperado os corpos dos reféns num túnel na cidade de Rafah, no sul de Gaza, no momento em que uma campanha de vacinação contra a poliomielite começava no território palestino devastado por 11 meses de guerra e a violência aumenta na Cisjordânia.
Um total de 251 pessoas foram raptadas e levadas p(...)
Os corpos dos reféns Carmel Gat, Hersh Goldberg-Polin, Eden Yerushalmi, Alexander Lobanov, Almog Sarusi e Ori Danino foram devolvidos a Israel, disse aos jornalistas o porta-voz militar Daniel Hagari.
As autópsias permitiram determinar que foram “assassinados por terroristas do Hamas com tiros à queima roupa”, indicam as autoridades israelitas. Os reféns morreram entre 48 a 72 horas antes de os seus corpos serem encontrados.
Para esta segunda-feira, o maior sindicato de Israel convocou uma greve geral para pressionar o Governo a garantir um acordo que permita libertar os reféns.
O ministro das Finanças já pediu ao procurador-geral do país que interceda junto dos tribunais para travar a greve.