03 set, 2024 - 10:00
O primeiro-ministro de Israel critica a "decisão vergonhosa" do Reino Unido de impor uma proibição parcial da exportação de armas, devido ao risco de violação do direito humanitário.
Numa série de publicações no X (antigo Twitter), Benjamin Netanyahu aponta que a decisão do governo britânico ocorre depois de seis reféns israelitas terem sido executados pelo Hamas, na semana passada e aponta que 14 cidadãos britânicos morreram na sequência dos ataques a 7 de outubro.
"O Hamas ainda tem 100 reféns, incluindo cinco britânicos. Em vez de estar com Israel, uma democracia a defender-se de bárbaros", a decisão precipitada do Reino Unido vai dar mais força ao Hamas", lamenta o chefe de Estado israelita.
Apesar de ser criticado por várias organizações humanitárias e internacionais, incluindo as Nações Unidas, pela atuação militar na Faixa de Gaza, Israel reitera que "está a fazer uma guerra por meios justos, tomar medidas sem precedente para garantir a segurança de civis e a seguir totalmente o Direito Internacional".
"Com ou sem armas britânicas, Israel vai vencer esta guerra e garantir um futuro comum", conclui a nota.
Cerca de 30 de um total de 350 licenças de exportação serão agora suspensas pelo país britânico.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido salientou que a decisão "não se trata de um embargo de armas", mas uma medida que visa equipamento militar que pode ser utilizado no atual conflito em Gaza.