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Último transporte de helicópteros cedidos por Portugal segue para Kiev

07 set, 2024 - 18:19 • Lusa

Os Kamov foram adquiridos em 2006 pelo Ministério da Administração Interna, então liderado por António Costa.

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O último transporte dos seis helicópteros Kamov doados por Portugal à Ucrânia seguiu sexta-feira para Kiev, "após um longo período de incerteza e de negociações", anunciou o Ministério da Defesa Nacional (MDN).

Na sexta-feira, saiu de Ponte de Sor o "último camião com material Kamov com destino à Ucrânia", adiantou o ministério de Nuno Melo em comunicado.

Em outubro de 2022, a então ministra da Defesa, Helena Carreiras, anunciou que Portugal iria enviar para a Ucrânia os seis helicópteros russos de combate a incêndios que estavam sem licença para operar em Portugal, um dos quais inoperacional por ter sofrido um acidente.

A informação foi avançada por Helena Carreiras em Bruxelas, no final de uma reunião dos ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), na qual foi discutida a guerra na Ucrânia.

Em novembro de 2023, mais de um ano depois do anúncio da cedência à Ucrânia, as aeronaves ainda estavam em Portugal, com o anterior Governo a referir que aguardava da "contraparte ucraniana indicação sobre os próximos passos a adotar" nesse processo.

"Após um longo período de incerteza e de negociações, o atual Governo, através do MDN, em articulação com o Ministério da Administração Interna, coordenou o transporte dos helicópteros com as autoridades ucranianas, em particular com a Embaixada da Ucrânia em Lisboa e com o Ministério da Defesa ucraniano", adiantou o comunicado divulgado.

A doação destes seis helicópteros médios tinha sido solicitada pela Ucrânia a Portugal, ficando decidido que os aparelhos seriam cedidos no estado de conservação em que se encontravam.

Os Kamov foram adquiridos em 2006 pelo Ministério da Administração Interna, então liderado por António Costa.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

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