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Polónia considera inaceitável alargamento de controlos fronteiriços na Alemanha

11 set, 2024 - 00:29 • Lusa

De acordo com o executivo alemão, os controlos com a França, Luxemburgo, Países Baixos, Bélgica e Dinamarca serão estabelecidos durante seis meses a partir de 16 de setembro. Polónia, República Checa, Áustria e Suíça já têm controlos.

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O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, considerou esta terça-feira inaceitável o anúncio de Berlim de endurecimento da política migratória da Alemanha com controlos em todas as suas fronteiras, que incluem a vizinha Polónia.

A Alemanha decidiu na segunda-feira alargar os controlos nas suas fronteiras para combater a imigração ilegal, que se tornou mais uma vez numa questão política para o chanceler alemão, Olaf Scholz, face à ascensão da extrema-direita.

"Este tipo de ação é inaceitável do ponto de vista polaco", disse Tusk num discurso aos embaixadores do seu país reunidos em Varsóvia numa conferência anual.

"O que a Polónia precisa não é de controlos mais fortes nas nossas fronteiras, mas de uma maior participação de países, incluindo países como a Alemanha, na monitorização e segurança das fronteiras externas da União Europeia", para lidar em particular com uma vaga de imigração ilegal orquestrada, segundo Varsóvia, pela Rússia e pela Bielorrússia.

O chefe do Governo polaco apelou para a avaliação da nova situação por parte dos países vizinhos da Alemanha.

"Nas próximas horas, iremos abordar os outros países afetados por estas decisões em Berlim, a fim de os consultar urgentemente sobre uma reação dentro da União Europeia em relação a esta questão", indicou Tusk.

De acordo com o executivo alemão, os controlos com a França, Luxemburgo, Países Baixos, Bélgica e Dinamarca serão estabelecidos durante seis meses a partir de 16 de setembro, juntando-se aos que já estavam em vigor nas fronteiras com a Polónia, a República Checa, a Áustria e a Suíça.

A Comissão Europeia apelou esta terça-feira a Berlim para medidas proporcionais, que devem manter-se excecionais.

Berlim considera estas medidas necessárias para "a proteção da segurança interna contra as atuais ameaças do terrorismo islâmico e da criminalidade transfronteiriça", duas semanas depois do ataque em Solingen reivindicado pelo grupo Estado Islâmico.

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