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Guerra Israel-Hamas

Netanyahu. "Israel tem a obrigação de trazer de volta os seus reféns"

07 out, 2024 - 15:21 • Lusa

Israel diz que 97 pessoas ainda se encontram em cativeiro. Guerra provocou cerca de 42 mil mortos na Faixa de Gaza, desde que Israel declarou guerra ao Hamas, há um ano.

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O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou esta segunda-feira que Israel tem a obrigação de trazer de volta os seus reféns, ao assinalar o primeiro aniversário do ataque do grupo extremista palestiniano Hamas em solo israelita.

"Neste dia, (...) recordamos os nossos mortos, os nossos reféns, aqueles que somos obrigados a trazer para casa, e os nossos heróis que tombaram em defesa da pátria e do país", disse Netanyahu em Jerusalém, segundo a agência francesa AFP.

O Hamas e outras fações extremistas palestinianas atacaram o sul de Israel a 7 de outubro de 2023, numa ação sem precedentes que causou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns que foram levados para Gaza, incluindo alguns mortos, segundo Israel.

No mesmo dia, Netanyahu declarou guerra ao Hamas, que prometeu aniquilar, e Israel iniciou uma ofensiva na Faixa de Gaza que, desde então, provocou cerca de 42.000 mortos, segundo o governo do enclave controlado pelo grupo islamita desde 2007.

Também mais de 740 palestinianos foram mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, sob ocupação israelita.

Um ano depois, Israel diz que 97 pessoas ainda se encontram em cativeiro, incluindo 63 que se presume estarem vivas e 34 declaradas mortas pelo exército israelita ou pelo Fórum das Famílias Reféns.

No final de novembro de 2023, 117 pessoas, na maioria mulheres, crianças e trabalhadores estrangeiros, recuperaram a liberdade, durante a única trégua do conflito, que durou uma semana.

"Sofremos um terrível massacre há um ano e erguemo-nos como leões, como um povo", disse Netanyahu durante a cerimónia, ao lado do presidente da Câmara de Jerusalém, Moshe Lion.

A cerimónia decorreu num memorial em homenagem aos 87 habitantes de Jerusalém mortos durante os ataques, de acordo com um comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro citado pela agência espanhola Europa Press.

Lion pediu unidade e disse que "cada israelita tem a tarefa de se manter unido e agir como um só (...) por Jerusalém, a capital de Israel, e pelo Estado de Israel".

"Como estes meses de guerra nos ensinaram, a nossa força está na nossa unidade e só juntos venceremos", acrescentou ao intervir na cerimónia.

Os ataques de 07 de outubro, apelidados de "Dilúvio de Al Aqsa" pelo Hamas e seus aliados, levaram também à abertura da linha da frente na fronteira entre Israel e o Líbano, agora alvo de uma invasão israelita.

Também os rebeldes huthis do Iémen e as milícias pró-iranianas no Iraque lançaram mísseis e 'drones' contra Israel - que realizou bombardeamentos em território libanês, sírio e iemenita - em resposta à ofensiva contra Gaza.

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