15 out, 2024 - 16:47 • Redação com Reuters
Giorgia Meloni anunciou esta terça-feira uma visita ao Líbano no final da semana. A primeira-ministra da Itália acrescentou que a retirada da missão das Nações Unidas, como ordenada por Israel, seria um "erro grave".
No parlamento, comunicou que espera estar no Líbano na sexta-feira e sublinhou que a saída da UNIFIL (Força Interina das Nações Unidas no Líbano) "minaria a credibilidade" das Nações Unidas.
Há mais de mil soldados nesta força das Nações, bem como tropas adicionais num grupo que treina soldados locais.
O Conselho de Segurança da ONU mostrou preocupação na segunda-feira, depois de várias posições da organização terem sido atacadas no sul do Líbano.
"Acreditamos que a atitude das forças israelitas é completamente injustificável", disse Meloni ao senado italiano, ao descrever uma "violação clara" da resolução da ONU em acabar com as hostilidades entre o Hezbollah e Israel.
"Já está plaenado que eu vá ao Líbano, enquanto o minsitro Antonio Tajani [dos Negócios Estrangeiros] se prepara para viajar para Israel e para a Palestina na próxima semana", acrescentou Meloni perante o parlamento, sem, contudo, acrescentar detalhes sobre a viagem.
A primeira ministra italiana comunicou ainda a legisladores europeus, antes de uma conferência de líderes esta semana, que as ações de Israel eram inaceitáveis e que expressou a mesma opinião perante o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu.
Netanyahu negou que as tropas israelitas tenham atacado as missões da ONU no Líbano, reforçando que devem retirar-se de zonas de conflito.
Meloni disse também que o Hezbollah também violou a resolução da ONU ao procurar "militarizar a área de jurisdição da UNIFIL", acrescentando que a Itália queria reforçar a capacidade desta missão e das forças armadas libanesas.
A primeira-ministra terminou a intervenção reforçando que Roma não esquecer o ataque do Hamas a 7 de outubro do ano passado que deflagrou a guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.