25 out, 2024 - 17:44 • Diogo Camilo
Os ataques israelitas na Faixa de Gaza mataram pelo menos 72 pessoas desde a noite de quinta-feira, com o exército de Israel a ter lançado uma nova ofensiva a um hospital no norte da região palestiniana.
Os maiores danos humanos foram registados a sul, na cidade de Khan Younis, onde o Ministério da Saúde local fala de pelo menos 38 vítimas mortais, a maioria delas mulheres e crianças.
Em comunicado, o exército israelita confirma os ataques por ar e terra no sul da Faixa de Gaza que mataram “vários” terroristas palestinianos do Hamas.
A norte, numa zona que tem sido alvo de Israel nas últimas semanas, as forças israelitas terão mesmo invadido o Hospital Kamal Adwan, um dos três estabelecimentos de saúde ainda a funcionar no local, na noite de quinta-feira.
Fontes locais citadas pela agência de notícias palestiniana WAFA falam de bombardeamentos que atingiram o hospital e zonas circundantes, de onde foram retirados 49 doentes e funcionários tinham sido retirados para o Hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza, mas onde ainda estão internados cerca de 200 doentes e albergados centenas de deslocados.
Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) comunicou que está sem contacto com o interior das instalações. Já o exército de Israel diz que está na área após informações que apontam para a “presença de terroristas e de infraestrutura terrorista” no hospital.
As forças israelitas também avançaram esta sexta-feira que três soldados foram mortos em combate no norte de Gaza.
Foram ainda registadas nove mortes no campo de refugiados de Al-Shati, após um ataque aéreo israelita, e mais 25 vítimas noutro ataque aéreo a três casas na cidade de Beit Lahiya, registando-se dezenas de feridos.
Mais de 42.800 palestinianos e cerca de 1.400 israelitas morreram, de acordo com o Ministério da Saúde da Palestina e as Forças de Defesa de Israel, desde o ataque do Hamas a Israel em outubro do ano passado.