29 out, 2024 - 15:50 • Daniela Espírito Santo
Um prédio de dez andares desabou, esta terça-feira de madrugada, em Villa Gesell, uma cidade de praia bastante turística, em Buenos Aires, Argentina.
Um homem, um turista de 89 anos, morreu. A mulher foi resgatada com vida dos escombros, onde permanecem, segundo as contas das autoridades, outras dez pessoas. O casal estaria, segundo informações facultadas pelo município, estaria de férias naquele hotel.
Segundo avança a imprensa local, o alerta foi dado pela uma da manhã (quatro da manhã em Portugal Continental), altura em que a estrutura principal do apart-hotel Dubrovnik, situado numa zona balneária, colapsou.
O desabamento acabou por afetar um prédio adjacente de três andares, assegura o jornal Clarín.
Há já quatro detidos, uma vez que o município admite que o incidente se deu na sequência de obras ilegais. Dois dos detidos estavam no local no momento do acidente, mas escaparam ilesos. Já foi, no entretanto, aberta uma investigação para apurar responsabilidades.
"Esta obra já tinha sido parada pelo município em agosto deste ano", é dito pela câmara local, em comunicado.
O presidente da Câmara local, Gustavo Barrera, adiantou aos jornalistas que o trabalho de resgate é "muito delicado" e não pode ser feito com auxílio de maquinaria. "Um grande esforço está a ser feito", admite, com os destroços a serem removidos manualmente.
Barrera assegurou, igualmente, que o hotel tinha autorização para acrescentar um elevador numa parte do prédio que não tinha comunicação com a parte que desabou - nessa zona não havia autorização para realizar obras. "Há uma mudanças nos pisos, mas não para tocar na estrutura", assevera.
Também a direção local responsável pelos edifícios públicos e privados na Argentina admitiu estarem a decorrer "obras irregulares" no local, a decorrer "sem a devida autorização municipal". As obras foram inicialmente detetadas a 20 de agosto, altura em que foram suspensas pelas autoridades.
Para além da operação de resgate delicada, prosseguem também as buscas nos edifícios adjacentes que, em teoria, seriam casas de férias fechadas, mas poderiam ter pessoas no seu interior. Apesar disso, "não há perigo de colapso nos prédios vizinhos".
No local permanecem cerca de 300 operacionais, entre bombeiros, socorristas e equipas cinotécnicas.
O hotel em causa foi criado em 1986.