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COP29. Mundo deve atingir neutralidade carbónica na próxima década

13 nov, 2024 - 16:55 • Lusa

A maioria dos países em desenvolvimento pede “pelo menos 1.300 mil milhões de dólares por ano” de ajuda dos países ricos, entre muitas outras propostas.

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O mundo deve atingir a neutralidade carbónica mais depressa do que o previsto, até ao final da década de 2030, de acordo com novas estimativas científicas publicadas esta quarta-feira, no terceiro dia da conferência da ONU sobre o clima, COP29.

Os 120 cientistas que colaboraram no estudo, da organização “Global Carbon Project”, estimam que o mundo deve ter como objetivo zero emissões líquidas de dióxido de carbono (CO2) até ao final da década de 2030, se quiser conter o aquecimento global a 1,5°C, em comparação com o final do século XIX.

No terceiro dia da COP29 os países ainda estão longe de chegar a um consenso sobre o financiamento do clima, segundo um novo projeto de acordo publicado hoje.

No documento, a maioria dos países em desenvolvimento pede “pelo menos 1.300 mil milhões de dólares por ano” de ajuda dos países ricos, entre muitas outras propostas.

A COP29 deste ano (de 11 a 22 de novembro) deverá terminar com um novo objetivo de financiamento dos países em desenvolvimento (“Novo Objetivo Coletivo Quantificado”, ou NCQG) para os ajudar a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e a adaptarem-se às alterações climáticas.

O novo objetivo substituirá o fixado em 2009, que apelava aos países ricos para que concedessem 100 mil milhões de dólares por ano de financiamento aos países em desenvolvimento, um valor que mal foi alcançado em 2022.

Antes da COP, o Egito e a Austrália, nomeados para resumir anos de disputas entre o Norte e o Sul, já tinham elaborado um primeiro projeto de texto, que foi rejeitado na terça-feira pelos países em desenvolvimento, que concordaram unanimemente que era demasiado favorável aos países ricos.

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