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"Ofensiva final". Biden quer dar tempo à Ucrânia antes da chegada de Trump, diz especialista

17 nov, 2024 - 20:40 • Filipa Ribeiro , João Malheiro

Ricardo Ferreira Reis reforça que os mísseis norte-americanos vão ajudar a Ucrânia a manter em sua posse a região de Kursk.

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Ricardo Ferreira Reis considera que Joe Biden, ao permitir que a Ucrânia use mísseis norte-americanos contra a Rússia, está a tentar dar tempo a Kiev até à chegada de Trump ao poder nos Estados Unidos (EUA).

Para o comentador da Renascença em assuntos internacionais, "há, de facto, um calendário que tem muito a ver com a situação política nos EUA" e a necessidade de perceber "até onde é preciso ganhar terreno", também por causa da chegada do inverno.

"Ao que estamos a assistir é uma ofensiva final", explica.

Para o especialista, com a manutenbção de Kursk, a Ucrânia pode levar vantagem para eventuais negociações com a Rússia, promovidas por Trump.

Ricardo Ferreira Reis reforça que os mísseis norte-americanos vão ajudar a Ucrânia a manter em sua posse a região de Kursk.

O comentador Renascença acredita que "os russos vão tentar tomar aquele território" nos próximos tempos e, com as novas armas, os ucranianos podem defender-se não só de forma terrestre, mas também pela via aérea.

Sobre se o uso de armamento norte-americano é um escalar do conflito, o especialista aponta que tal já ia acontecer com a chegada do inverno.

Salienta, ainda, que a medida será muito útil para a defesa de Kiev e não para eventuais ataques da Ucrânia à Rússia.

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  • Braço desatado
    18 nov, 2024 As coisas vão ser mais equilibradas 18:46
    Misseis russos lançados da fronteira e bombardeiros com bombas planadoras a descolar a poucas dezenas de quilómetros da fronteira ucraniana não dão tempo à defesa anti-aérea ucraniana de reagir convenientemente. Com autorização de uso de misseis de médio/longo alcance, os russos terão de remover esses sistemas de armas para o interior da "mamã-ursa" e nesse espaço de tempo até misseis e bombas planadoras disparadas do interior russo, chegarem à fronteira, dá hipótese de a defesa anti-aérea ucraniana se aprontar e estar à espera deles, não excluindo abater os misseis e bombardeiros russos dentro da própria Rússia. Agora a guerra será mais equilibrada, pois o braço atrás das costas, agora foi desatado e já pode ser usado.
  • Pouco e tarde
    18 nov, 2024 Europa 09:23
    Pouco e tarde. É incompreensível fornecer armas - a conta-gotas, do que aparece na CS parece que só 20% foi entregue de facto - e ao mesmo tempo restringir o uso, quando se enfrenta a Rússia ajudada por Coreia do Norte com tropas e misseis e pelo Irão, com drones e misseis, países que não poem qualquer restrição ao uso das armas que forneceram, contra a Ucrânia.
  • Luís Braga
    17 nov, 2024 Lisboa 21:05
    Pobres ucranianos! Todos os enganam. Prometeram-lhes protecção em troca da entrega do arsenal nuclear à Rússia e assobiaram para o lado qd eles precisaram de proteção! Biden não lhes permitiu utilizarem as armas qd e como precisavam e agora, qd estão de rastos, já podem! Agora é tarde, a capitulação é já a seguir! Biden irá chorar lágrimas de crocodilo, assim como irá chorar pelas vítimas do seu amigo, o genocida Netanyahu! Netanyahu utilizava as armas americanas para o que quisesse, mm para um genocídio, com Zelensky a redea era curta! Enfim, Trump está aí, a distopia tb, mas de que é que estavam à espera?

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