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Administração Trump

Matt Gaetz desiste da nomeação para procurador-geral dos EUA

21 nov, 2024 - 17:44 • João Pedro Quesado

Escolha polémica de Donald Trump marcou o tom das nomeações para o novo governo norte-americano e é acusado de pagar para ter relações sexuais com menores.

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Matt Gaetz, o escolhido por Donald Trump para o cargo de procurador-geral dos Estados Unidos da América, anunciou esta quinta-feira que renunciou à nomeação. O republicano está alegadamente envolvido em casos de relações sexuais com menores, às quais terá pago.

Na rede social X, o ex-membro da Câmara dos Representantes disse que "é claro que a minha confirmação estava injustamente a tornar-se uma distração para o trabalho crítico da transição" para a futura administração de Donald Trump e J.D. Vance.

"Não há tempo para desperdiçar numa prolongada briga em Washington", acrescentou Matt Gaetz, depois de afirmar que teve "excelentes reuniões com senadores" na quarta-feira e agradecer "o incrível apoio de tantos".

"O Departamento de Justiça de Trump deve estar no lugar e pronto no primeiro dia", declarou Gaetz, um dos defensores mais aguerridos de Donald Trump e promotor de conspirações de extrema-direita, que já defendeu o fim do FBI.

Donald Trump anunciou a nomeação de Matt Gaetz a 13 de novembro. A nomeação provocou polémica e dúvidas sobre a possibilidade de ser aprovado pelo Senado. Segundo o "The New York Times", a escolha foi realizada durante um voo entre Washington D.C. e Palm Beach, após o encontro com Joe Biden na Casa Branca.

Trump já considerava improvável a aprovação no Senado, também segundo o "The New York Times". A escolha terá sido uma estratégia para mudar as expectativas do Senado, que confirma os secretários da administração dos EUA, tornando outras escolhas potencialmente polémicas mais aceitáveis.

Matt Gaetz foi reeleito para a Câmara dos Representantes nas eleições de 5 de novembro, mas demitiu-se do cargo na semana passada, logo após a nomeação, e disse que não tinha intenção de tomar posse para o mesmo cargo no próximo Congresso, em janeiro.

Esta quarta-feira, a Comissão de Ética do Congresso, que estava a investigar Matt Gaetz pelas acusações de relações sexuais com menores, recusou divulgar o relatório do inquérito.

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