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Brasil

Polícia Federal acusa Bolsonaro e aliados de tentativa de golpe de Estado

21 nov, 2024 - 14:44 • Daniela Espírito Santo com agências

Antigo Presidente brasileiro e outras 36 pessoas estão indiciadas por alegado envolvimento num plano para assassinar Lula da Silva.

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A Polícia Federal brasileira acusou esta quinta-feira, formalmente, o antigo Presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado e outros crimes, na sequência da sua derrota nas eleições de 2022. O relatório de 800 páginas vai ser entregue no Supremo Tribunal Federal.

O candidato a vice-presidente brasileiro e ex-ministro da Defesa, o general na reserva Braga Netto, também está na lista de suspeitos de envolvimento no plano para derrubar Lula da Silva, candidato pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

Na lista de 37 constam também os nomes do policial federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin), e de Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), de Jair Bolsonaro.

Bolsonaro e os outros suspeitos estão indiciados por "tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa", avança a imprensa brasileira.

A acusação surge na sequência de uma investigação - batizada de "Operação Contragolpe" - que levou à detenção de cinco pessoas na terça-feira, onde se inclui um antigo membro do gabinete de Bolsonaro, suspeito de envolvimento num plano para assassinar o atual Presidente do Brasil, Lula da Silva, dias antes deste (re)ocupar o cargo.

A Globo adianta que o relatório da Polícia Federal "vai apontar a responsabilização" de Jair Bolsonaro "e assessores de maneira contundente", por planeamento e tentativa de execução de um "golpe militar no país para evitar a posse" de Lula da Silva.

O relatório foi enviado esta quinta-feira para o Supremo Tribunal Federal, de onde seguirá para o procurador-geral da República.

Mesmo assim, não deverá haver pedido de prisão no relatório final: tal poderá acontecer mais tarde, até para poder refletir os resultados da "Operação Contragolpe", realizada há dias.

[Notícia atualizada às 18h30 de 21 de novembro de 2024]

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  • Timbo Caspite
    21 nov, 2024 Lisboa 14:58
    De fato, a notícia não deixa de ser impressionante para que alienado está. Contudo, o cenário pitoresco e circense que está a república federativa das bananas, cujo o presidente é um condenado à prisão por corrupção, quer (e já tem feito há muito) descontruir a imagem de um cidadão que só fez bem para uma nação (e não as da bananas de hoje). É difícil até perceber bem que seus ministros nem políticos eram. Só com isto se nota a seriedade que a nação era conduzida. É lamentável que a mídia "papagaiática" apenas reproduzam temas polémicos, mas não contam o desenrolar do conto. Sabemos que o fatídico "8 de janeiro" fora orquestrado pelo representante maior da república das bananas, mas isto não veio à tona.

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