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EUA

Julgamento de Trump por suborno a atriz porno adiado indefinidamente

22 nov, 2024 - 18:41 • João Pedro Quesado

Presidente eleito dos EUA soma mais uma vitória nos tribunais. Julgamentos, que já tinham abrandado na segunda metade de 2024, podem agora desaparecer completamente.

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O julgamento de Donald Trump num caso de crime federal foi esta sexta-feira adiado indefinidamente, depois de o juiz de Nova Iorque responsável pelo caso adiar a sentença agendada para 26 de novembro. O caso pode agora acabar arquivado e sem consequências para o Presidente-eleito dos EUA.

O juiz Juan Merchan aceitou o pedido da defesa de Donald Trump para apresentar uma moção de arquivamento do caso, colocando o dia 2 de dezembro como prazo para a apresentação dos documentos necessários. Os procuradores federais, por sua vez, devem responder até 9 de dezembro.

Donald Trump foi considerado culpado em maio, pelo júri, de pagar à atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels e de falsificar 23 documentos durante a campanha presidencial de 2016. O suborno para a atriz não revelar o caso foi de 122 mil euros.

A sentença estava inicialmente marcada para julho, mas Merchan concordou em adiá-la até 26 de novembro. A justificação foi a intenção de evitar qualquer interpretação de interferência na campanha para as eleições presidenciais de 2024, realizadas a 5 de novembro.

A condenação criminal de Trump foi a primeira de um ex-presidente norte-americano, que será também o primeiro condenado a chegar à Casa Branca.

Trump era um cidadão comum durante a campanha de 2016, mas já estava em funções na Sala Oval da Casa Branca quando o seu advogado foi reembolsado pelo pagamento a Storny Daniels, embora a acusação argumente que as provas apresentadas relativas ao mandato presidencial já iniciado fossem uma "fatia mínima".

A decisão de interromper a sentença de Donald Trump surge depois de o Departamento de Justiça dos EUA apontar que vai encerrar às duas investigações criminais contra Trump, focadas nos esforços do Presidente entre 2017 e 2021 para manipular os resultados das eleições de 2020 e manter-se no poder, e na manutenção de documentos confidenciais no resort em Mar-a-Lago.

O Departamento de Justiça norte-americano tem uma longa política de não processar presidentes em funções. O julgamento crime na Geórgia, que acusa Trump de tentar corromper os resultados de 2020 no estado, também estão indefinidamente interrompidos.

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