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Putin ordena mais testes e produção em massa de novo míssil balístico

22 nov, 2024 - 18:53 • Lusa

"Vamos continuar com estes testes, especialmente em situações de combate", declarou o líder do Kremlin.

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O Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou esta sexta-feira a produção em massa e a continuação dos testes de combate do novo míssil balístico hipersónico Orechnik, utilizado na quinta-feira para atacar o centro da Ucrânia.

"Vamos continuar com estes testes, especialmente em situações de combate, dependendo da situação e da natureza das ameaças à segurança da Rússia", declarou o líder do Kremlin durante uma reunião com oficiais militares transmitida pela televisão.

Após o lançamento do míssil balístico hipersónico, dirigido sem carga nuclear contra a região de Dnipro, no centro da Ucrânia, Vladimir Putin afirmou, num breve discurso à nação na quinta-feira, que o ataque foi uma "resposta ao uso de armas de longo alcance americanas e britânicas" em solo russo, advertindo que "não há forma de combater" o novo armamento de Moscovo.

"Atacam alvos a uma velocidade de Mach 10, ou 2,5 a três quilómetros por segundo. Os sistemas de defesa aérea atualmente disponíveis no mundo e os sistemas de defesa antimíssil criados pelos americanos na Europa não intercetam estes mísseis", observou.

Os serviços de informação ucranianos indicaram hoje que a Rússia deveria produzir a partir de outubro duas amostras experimentais do sistema de mísseis que designam como Kedr, sendo Orechnik apenas um nome código do projeto de investigação, segundo o líder da "secreta" de Kiev.

Kyrylo Budanov, citado pelo jornal digital Euromaidan, explicou que se trata de "um sistema experimental" de um míssil balístico de médio alcance e porta-armas nucleares.

"O facto de o terem usado numa versão não nuclear é, como se costuma dizer, um aviso [dos russos] de que não enlouqueceram completamente", comentou.

No seu discurso de cerca de oito minutos na quinta-feira, Vladimir Putin indicou que o Exército russo vai alertar a população civil ucraniana para a utilização dos novos mísseis "por razões humanitárias" e também, insistiu, porque "hoje não existem meios para contrariar estas armas".

O líder do Kremlin confirmou os ataques ocorridos esta semana com mísseis norte-americanos de longo alcance ATACMS e mísseis britânicos Storm Shadow, dirigidos contra infraestruturas militares das regiões fronteiriças de Bryansk e Kursk, numa mudança sem precedentes, em quase três anos de conflito, das posições de Washington e Londres em relação à utilização do seu armamento pelas forças ucranianas em território russo.

Putin defendeu que o uso de armas ocidentais pelas forças ucranianas para atingir o seu país transformou a guerra na Ucrânia num "conflito global" e admitiu atacar os aliados de Kiev envolvidos.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, instou a comunidade internacional a reagir, avisando para o aumento da "escala e brutalidade" do conflito, iniciado em 24 de fevereiro de 2022 com a invasão russa da Ucrânia.

"O mundo deve reagir. Neste momento, não há uma reação forte", lamentou Zelensky numa mensagem nas redes sociais.

A Aliança Atlântica e a Ucrânia vão reunir-se em Bruxelas na terça-feira para discutir o ataque russo de quinta-feira, revelaram fontes diplomáticas à agência France Presse.

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  • Alto e pára o baile
    23 nov, 2024 Europa 12:15
    Alguns dirigentes de cartão cá pelo Ocidente, acagaçaram-se com um missilzeco feito de vários projetos falhados e o Putin farejou logo o mêdo. E claro, está a explorar o filão aproveitando a tradicional cobardia que campeia por cá, enquanto os putinistas infiltrados se esforçam em campanhas de desinformação a apelar ao medo e à rendição. E nenhum líder europeu aparece a dizer "Alto e pára o baile!" porque continuam na expetativa a ver o que Trump vai fazer, em vez de se prepararem para cortar as amarras.
  • Desespero Europeu
    23 nov, 2024 A falta que o papá americano faz 11:50
    Enquanto a Rússia avança com planos agressivos, a Europa, agora órfã dos EUA Trumpistas, mostra sinais de desorientação, com múltiplas (desesperadas) reuniões donde nada sai a não ser declarações pífias. Não se obtém planos para organizar e aumentar a produção industrial bélica, o aumento dos efetivos de cada País Europeu, o reequipamento das forças europeias com material feito na Europa abandonando os modelos americanos, nem opções de Fundo como o sistema anti-aéreo Europeu ou a dissuasão nuclear europeia autónoma da americana. Os dirigentes europeus cartonados parecem baratas tontas ainda à espera que Trump "mude de ideias", em vez de organizarem uma Vida Europeia sem andarem a correr para o "papazinho americano" por dá cá aquela palha. Isto num continente com uma UE com 598 Milhões de habitantes - a Rússia tem 140 milhões - e um PIB 5 vezes superior ao Russo. Efetivos e dinheiro há. Falta é liderança.

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