26 nov, 2024 - 08:53 • Beatriz Pereira com agências
É um cenário de destruição: carros empilhados, numa espécie de "cemitério" de chapas, ruas totalmente destruídas e pintadas de castanho claro, com uma enorme camada de lama e muito lixo.
Quase um mês depois das inundações mais mortais da história moderna da Espanha, que já fizeram pelo menos 229 mortos, segundo os últimos dados do Governo, as operações de limpeza continuam em Valência.
O jornal El Mundo explica que, neste momento, os esforços estão concentrados na remoção de quase cinco milhões de metros cúbicos de lama que estão nas redes de saneamento, um número que equivale ao asfalto necessário para contruir uma autoestrada entre Madrid e Istambul.
Já durante as operações de limpeza, no último domingo, um homem morreu e outro ficou ferido quando parte do telhado de uma escola danificada desabou, durante a inspeção do espaço, na localidade de Massanassa, nos arredores de Valência.
As vítimas trabalhavam para uma empresa pública na limpeza da região.
Segundo a agência Anadolu, além de trabalhadores locais, bombeiros e voluntários, quase 8.500 oficiais militares e 9.750 polícias foram mobilizados para ajudar a restaurar a normalidade na área devastada.
O Governo já anunciou dois pacotes de ajuda pública no valor de 14,4 mil milhões de euros.
A controvérsia sobre a forma como o governo regional lidou com as enchentes ainda persiste, numa altura em que cinco pessoas continuam também desaparecidas, enquanto as buscas continuam para localizar os corpos.