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Juíza fecha processo de alegada interferência eleitoral de Trump nas eleições de 2020

26 nov, 2024 - 01:06 • Lusa

Decisão acontece no mesmo dia em que o procurador do caso, Jack Smith, anunciou a desistência do caso.

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A juíza responsável pelo caso contra o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, por interferência eleitoral e pelo ataque ao Capitólio em 2021 validou esta segunda-feira o pedido do procurador especial Jack Smith para suspender o processo.

A magistrada federal do Distrito de Colúmbia, Tanya Chutkan, aprovou a recomendação de Jack Smith, que segue uma política adotada há mais de 50 anos pelo Departamento de Justiça, que consiste em não processar um presidente em exercício e aplicada a esta situação "sem precedentes".

Num documento judicial, Chutkan confirmou que a acusação pediu o arquivamento do caso e que a defesa de Trump não se opõe a isso, pelo que decidiu encerrar o caso.

O procurador especial norte-americano Jack Smith anunciou esta segunda-feira que desistiu do processo de subversão eleitoral federal contra Donald Trump, recomendando a rejeição do caso.

Após consultas com o Gabinete de Assessoria Jurídica, Smith concluiu que a acusação deve ser rejeitada antes de Trump assumir o cargo, em 20 de janeiro.

O magnata republicano tinha referido durante a campanha que no seu primeiro dia como presidente demitiria Smith e determinaria aos procuradores que encerrassem os processos contra ele que afirma terem sido motivados por perseguição política.

Trump, que já foi presidente entre 2017 e 2021, era acusado no Distrito de Columbia pelas tentativas de reverter os resultados das eleições que perdeu em 2020 para o democrata Joe Biden e por alegadamente ter instigado o assalto ao Capitólio, ocorrido em 06 de janeiro de 2021.

Nesse dia, uma multidão de apoiantes do republicano invadiu o edifício do Congresso para tentar, sem sucesso, impedir a ratificação da vitória eleitoral de Biden.

Na Florida, Trump era acusado de retirar centenas de documentos confidenciais do seu primeiro mandato sem permissão e de os reter ilegalmente na sua mansão em Mar-a-Lago.

A acusação enfrentou muitas dificuldades no avanço de ambos os casos desde que o Supremo Tribunal, com uma maioria conservadora, decidiu em julho que os antigos presidentes do país gozavam de uma ampla imunidade de acusação.

A decisão de Smith de 'atirar a toalha ao chão' representa uma nova vitória judicial para Trump, que acumulou até quatro acusações por crimes.

Em maio passado, fez história ao tornar-se o primeiro ex-presidente condenado por um crime, depois de ter sido considerado culpado num julgamento no estado de Nova Iorque por falsificar registos comerciais para comprar o silêncio da atriz pornográfica Stormy Daniels, na campanha eleitoral dos EUA em 2016.

O juiz Juan Merchan adiou na sexta-feira a sentença do julgamento criminal, que estava marcada para 26 de novembro, mas não deu indicações sobre uma possível nova data.

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