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Detidas 26 pessoas em operação de combate ao tráfico de pessoas e branqueamento de capitais

29 nov, 2024 - 09:50 • Olímpia Mairos

"Operação Colombo” foi liderada pela França e contou com a participação da Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica (UNC3T).

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A Polícia Judiciária colaborou no desmantelamento de uma “grande rede criminosa composta por vários pequenos grupos criminosos envolvidos no contrabando de migrantes e na lavagem de dinheiro”.

No âmbito da operação “Colombo”, em que participou a Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica (UNC3T), foram detidas 26 pessoas.

De acordo com a Europol, a investigação liderada pela França, concentrou-se em “vários grupos criminosos interligados que faziam contrabando de migrantes do subcontinente indiano (Índia, Sri Lanka e Nepal) para a Europa, Reino Unido e América do Norte”.

“Acredita-se que, desde 2022, esta rede tenha trazido para a Europa, Reino Unido e países da América do Norte, vários milhares de pessoas, fornecendo-lhes bilhetes de avião, documentos falsos e outros recursos para facilitar as suas viagens ilegais, estimando-se que os lucros, obtidos de forma ilegal, ascendam a várias centenas de milhões de euros”, esclarece a PJ, em comunicado.

Na operação foram apreendidos vários imóveis (sete moradias e quatro lojas) no valor aproximado de 2,5 milhões de euros, 25 contas bancárias com mais de 150 mil euros, 121 mil euros em criptomoedas, seis veículos luxuosos no valor de cerca de 110 mil euros, ouro e joias avaliados em mais de 4,5 milhões de euros, 1.700 em vouchers de restaurante, maquinaria para a produção de joalharia com valor estimado em meio milhão de euros e 320 mil euros em dinheiro.

A PJ, através da UNC3T, na sequência de uma investigação por Burla/CEO Fraude, “conseguiu identificar quatro contas que se encontravam referenciadas pelas autoridades francesas no âmbito da operação ‘Colombo’, tendo ainda apreendido centenas de milhares de euros”, indica a nota.

Ainda de acordo com a PJ, foi possível apurar que "os responsáveis pela constituição das empresas/abertura das contas deslocaram-se a território nacional apenas com o móbil de montar uma rede de branqueamento (constituição de empresas, abertura de contas bancárias, receber e dissipar fundos com origem em factos ilícitos diversos), tendo abandonado de imediato o nosso país”.

A investigação, financeira e de tráfico de pessoas, foi desenvolvida pelas autoridades francesas, com o apoio da Europol, e, além de Portugal, contou ainda com o apoio do Luxemburgo, Reino Unido, entre vários outros países da UE e fora da UE.

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