04 dez, 2024 - 12:33 • João Malheiro
O secretário de Estado norte-americano aponta que a NATO está "maior, mais forte e com mais recursos" depois dos quatro anos de Joe Biden na Casa Branca, que vão concluir em janeiro de 2025.
Num discurso em jeito de despedida proferido em Bruxelas, no âmbito de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, Antony Blinken refere que a liderança do Presidente dos EUA "construiu uma união" na Aliança Atlântica.
Depois de quatro anos em que a Rússia passou de parceiro da NATO à "principal ameaça", o diplomata norte-americano realça o apoio à Ucrânia como "o melhor exemplo" do compromisso dos aliados.
"A Ucrânia continua forte e a NATO está ao lado da Ucrânia", garante, numa altura em que é incerto qual será a política dos EUA face ao conflito, depois da tomada de posse de Donald Trump.
Antony Blinken reitera que os países que apoiam a luta ucraniana "não vão permitir" que o inverno seja usado "como arma" pela Rússia.
Na segunda-feira, os EUA anunciaram um pacote de ajuda militar adicional à Ucrânia, no valor de 725 milhões de dólares (690 milhões de euros), que inclui mísseis e minas antipessoais.
No que pode ser considerado um alerta para a próxima administração norte-americana, Blinken, que é democrata, referiu ainda que a NATO "é a melhor garantia de segurança" e a única maneira de evitar uma hipotética guerra, uma vez que qualquer país tem consciência de que atacar uma nação da Aliança Atlântica é um ataque contra os 32 países que compõem o bloco.
"Esta convergência na Europa pelos desafios que Rússia e China impõe é um marco dos últimos quatro anos. É o tempo de todos os aliados de se aproximarem e não se afastarem", manifesta, ainda.
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