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Putin admite instalação de novos mísseis Oreshnik na Bielorrússia

06 dez, 2024 - 16:42 • Lusa

Putin referiu como data possível para a transferência dos mísseis "o segundo semestre do próximo ano".

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O Presidente russo, Vladimir Putin, admitiu esta sexta-feira em Minsk transferir para a Bielorrússia mísseis balísticos hipersónicos Oreshnik, que foram utilizados pela primeira vez em 21 de novembro contra uma fábrica de armas na Ucrânia.

"Considero possível o posicionamento de armas como os Oreshnik no território da Bielorrússia", declarou Putin ao lado do homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko, após a assinatura de um acordo mútuo sobre garantias de segurança.

Putin referiu como data possível para a transferência dos mísseis "o segundo semestre do próximo ano", segundo a agência francesa AFP.

"Estes sistemas entrarão ao serviço das Forças de Mísseis Estratégicos e, paralelamente, iniciaremos a sua instalação em território bielorrusso", afirmou também, citado pela agência espanhola EFE.

Putin voltou a enaltecer as qualidades "sem paralelo no mundo" dos Oreshnik, que disse serem indetetáveis pelos escudos antimísseis ocidentais existentes e capazes de atingir todas as capitais europeias.

Além dessas qualidades, destacou a precisão como a chave dos novos mísseis.

No âmbito da reunião do Soviete Supremo da União Estatal Bielorrússia-Rússia, Lukashenko e Putin assinaram um acordo sobre garantias de segurança, que prevê a utilização de armas nucleares em caso de ameaça externa, uma clara referência à NATO, segundo a EFE.

O acordo estabelece as obrigações de ambos os países em termos de defesa da soberania, independência, integridade territorial e ordem constitucional, bem como de garantia da inviolabilidade do território e das fronteiras da União Estatal.

Putin afirmou que a União Estatal, criada há 25 anos por Lukashenko e pelo seu antecessor, Boris Ieltsin, aprovou uma nova doutrina militar que tem em conta a "difícil situação internacional" e define medidas conjuntas para fazer face aos principais desafios e ameaças.

O acordo "permitirá uma proteção fiável da segurança da Rússia e da Bielorrússia, criando assim condições para um maior desenvolvimento pacífico e sustentável dos dois Estados", disse.

Putin assegurou que a Rússia está pronta para defender a Bielorrússia "com todas as forças à sua disposição", incluindo as armas nucleares táticas que instalou no país vizinho após o início da guerra na Ucrânia.

"Estamos também a falar das armas nucleares táticas russas instaladas no território da república a pedido do Presidente da Bielorrússia", disse, citado pela agência russa TASS.

Putin autorizou o estacionamento de armas nucleares táticas em território bielorrusso como forma de dissuasão do avanço da NATO, a Organização do Tratado do Atlântico Norte.

A Bielorrússia é um dos raros países que apoiam a guerra da Rússia contra a Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, tendo o seu território sido usado pelas forças russas no lançamento da invasão.

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  • É tão parvo
    10 dez, 2024 O Badocha Lukaschenko 19:18
    O badochas Lukaschenko está hoje a fazer "béu-béu" falando também nas armas nucleares que a Bielorrússia tem, ou melhor, que os Russos puseram no território Bielorrusso, que são eles que têm os códigos de lançamento e o Badochas nada faz, a não ser dar-lhes "quarto". Ainda por cima é tão parvo que nem percebe a desgraça para o País dele, se os russos lançam essas armas nucleares: tal como a Rússia, a Bielorrússia fica quase de imediato reduzida a cinzas, ou o Badocha está a pensar que disparam mísseis nucleares da Bielorrússia e nada vai acontecer em termos de retaliação?
  • Acho bem
    06 dez, 2024 2 pelo preço de 1 17:48
    Acho bem. Assim serão instaladas finalmente armas nucleares táticas na Polónia, com a Bielorrússia na mira. e acabam-se com 2 FdP (Bielorrússia e misseis) de 1 única cajadada.

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