07 dez, 2024 - 12:39 • João Pedro Quesado
A tentativa de destituição do Presidente da Coreia do Sul caiu por terra. Quase todos os deputados do partido de Yoon Suk Yeol abandonaram o parlamento este sábado, o que impossibilitou a moção de chegar aos 200 votos necessários para aprovação.
O presidente do parlamento sul-coreano, membro do partido da oposição, declarou este sábado que "a votação não pode acontecer" por falta de quórum. O partido da oposição precisava que oito deputados do PPP (Partido do Poder Popular) votação a favor da moção para conseguir a aprovação, mas o boicote significou que nem sequer 200 deputados estavam presentes no hemiciclo. O partido da oposição ocupa 192 lugares na Assembleia Nacional.
Na quarta-feira, 18 membros do PPP juntaram-se à votação que cancelou por unanimidade a lei marcial, menos de três horas depois de Yoon ter declarado a medida na televisão, chamando ao parlamento controlado pela oposição um "antro de criminosos".
Assembleia Nacional votou uma resolução e exigiu o(...)
A votação poderia prolongar-se até perto das 16h portuguesas, quando o projeto de lei iria expirar. Porém, o presidente da Assembleia Nacional declarou que a votação iria encerrar às 21h20 locais (12h20 em Portugal continental), dado não haver alteração da situação do lado do PPP.
Os deputados do PPP abandonaram o parlamento após chumbarem um primeiro projeto de lei, para nomear um procurador especial para investigar as alegações de tráfico de influências que envolvem a mulher de Yoon. Apenas três deputados do partido de Yoon voltaram ao hemiciclo, um dos quais declarou que ia votar contra a destituição.
Horas antes da votação, o Presidente sul-coreano apresentou "sinceras desculpas" pela imposição da lei marcial, recusando, no entanto, demitir-se. Yoon Suk Yeol prometeu ainda não repetir a declaração de lei marcial.
Num discurso transmitido pela televisão, Yoon confiou ao seu partido a tarefa de adotar "medidas para estabilizar a situação política", incluindo sobre o mandato presidencial.