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Após Lei Marcial

Oposição na Coreia do Sul vai voltar a tentar destituir Presidente

08 dez, 2024 - 11:22 • Lusa

Tentativa de sábado falhou após boicote do partido do Presidente, que diz ter obtido em troca a "promessa" de que se retiraria para deixar a governação do país à sua formação e ao primeiro-ministro.

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O principal partido da oposição da Coreia do Sul anunciou este domingo que vai tentar novamente, no dia 14 de dezembro, destituir o Presidente Yoon Suk Yeol, cujo partido tenta tomar o poder.

Yoon escapou por pouco de uma primeira moção nesse sentido, submetida ao Parlamento para votação no sábado.

O Partido do Poder Popular (PPP) boicotou e invalidou a votação por falta de quórum.

"Yoon, o principal culpado por trás da rebelião e do golpe militar que destruiu a ordem constitucional da Coreia do Sul, deve renunciar imediatamente ou sofrer 'impeachment' sem demora. Em 14 de dezembro, o nosso Partido Democrata irá acusar Yoon, em nome do povo", disse o líder da oposição, Lee Jae-myung.

O impopular líder conservador tem enfrentado ataques de todos os lados desde a sua surpreendente proclamação da lei marcial na noite de terça-feira, uma medida que foi forçado a revogar apenas seis horas depois, sob pressão do Parlamento e das ruas.

Em comunicado, o PPP de Yoon afirmou ter "obtido", em troca do bloqueio da moção, a "promessa" de que se retiraria para deixar a governação do país à sua formação e ao primeiro-ministro.

"Mesmo antes de sua retirada, o presidente não interferirá nos assuntos de Estado, nem nos assuntos externos", certificou o líder do PPP, Han Dong-hoon, no domingo.

Um anúncio denunciado pelo Presidente do Parlamento Won Woo-shik, largamente apoiado pela oposição.

"O exercício conjunto da autoridade presidencial pelo primeiro-ministro e pelo partido no poder (...) é uma clara violação da Constituição", disse.

Para Kim Hae-won, professor de direito constitucional na Escola Nacional de Direito de Busan, este acordo é semelhante a um "golpe de Estado silencioso".

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