08 dez, 2024 - 03:19 • Redação com Agências
Na madrugada deste sábado intensificou-se a pressão sobre o regime do Presidente Bashar Al-Assad, na Síria. A aliança de forças militares, que deu início a uma ofensiva relâmpago, afirmou ter capturado a capital Damasco, já depois de ter garantido que assumiu o controlo total da terceira maior cidade do país, Homs, após apenas um dia de combates.
Segundo as agências internacionais, milhares de moradores saíram às ruas gritando “Homs está livre” e "Abaixo Bashar al-Assad", já depois de ter sido derrubado um dos maiores símbolos do regime Sírio, a estátua de Hafez Al-Assad, pai de Bashar Al-Assad.
A Agência Reuters adianta que a aliança de rebeldes liderada por islamistas, entrou na capital síria “sem que haja sinais de unidades do exército”.
A mesma Agência Reuters cita dois altos oficiais sírios que adiantam que o Presidente Bashar al-Assad “embarcou num avião” e deixou a capital “com destino desconhecido”. No mesmo sentido, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) anunciou que o Presidente sírio deixou o país, perante a ofensiva rebelde.
O primeiro-ministro, Mohammed Ghazi al-Jalali, afirmou que não planeia sair de sua casa e que pretende garantir que as instituições públicas continuem a funcionar.
“Peço a todos que pensem racionalmente e pensem sobre o país. Estendemos a nossa mão à oposição que estendeu a sua mão e que declarou que não prejudicará ninguém que pertença a este país”, disse o primeiro-ministro citado pelas agências internacionais. Mohammad Ghazi al-Jalali também pediu aos cidadãos que protejam a propriedade pública.
Já numa entrevista ao canal de televisão Al-Arabiya, o primeiro-ministro sírio afirmou o que o país "deve realizar eleições livres" para permitir que o povo decida a sua liderança. Jalali disse também que tinha estado em contacto com o líder dos rebeldes, Abu Mohammed al-Golani, para discutir a gestão do atual período de transição.
[Notícia atualizada às 06h30]