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Rebeldes apelam ao regresso de milhões de sírios forçados a fugir

09 dez, 2024 - 12:48 • Lusa

Liderança de rebeldes prometeu, nos primeiros comunicados, tolerância para com as diferentes seitas e credos do país.

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A coligação fundamentalista islâmica que derrubou o Presidente Bashar al-Assad apelou esta segunda-feira aos milhões de sírios que foram forçados a fugir do país para regressarem e "contribuírem para a construção do futuro".

Numa mensagem nas redes sociais, o Comando das Operações Militares da aliança convidou "todos os sírios, cujas circunstâncias os obrigaram a abandonar a pátria, a regressar e a contribuir para a construção do futuro" do país.

"Vamos criar as condições necessárias para garantir um ambiente seguro e estável para os receber", acrescentou o comando, citado pela agência espanhola EFE.

A Hayat Tahrir al-Sham (HST), ou Organização de Libertação do Levante, que liderou os rebeldes que derrubaram Bashar al-Assad no fim de semana, prometeu, nos primeiros comunicados, tolerância para com as diferentes seitas e credos do país.

Desde as revoltas populares de 2011, que degeneraram numa guerra civil de 13 anos, mais de 14 milhões de sírios foram obrigados a abandonar os locais habituais de residência, metade dos quais no interior da Síria.

As Nações Unidas calculam que 70% dessas pessoas precisam de ajuda humanitária e 90% vivem abaixo do limiar da pobreza.

A HTS, que tomou o controlo das principais cidades sírias e declarou Damasco livre no domingo, após uma ofensiva que durou apenas 12 dias, é a herdeira da Frente al-Nusra, uma antiga filial da Al-Qaida na Síria.

A coligação liderada pela HTS integra atualmente uma variedade de fações rebeldes, incluindo os pró-turcos.

Após a tomada do poder na Síria, a HST divulgou vários comunicados em que se comprometeu a tolerar os seguidores de diferentes seitas e credos no país e avisou os seus membros para evitarem maltratar ou atacar civis.

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