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Pelo menos dez manifestantes mortos por disparos curdos no leste da Síria

10 dez, 2024 - 08:36 • Lusa

A aliança curda síria tinha anunciado, na passada sexta-feira, que as suas unidades foram destacadas para Deir al-Zur depois de o Exército sírio e as milícias iranianas se terem retirado da cidade.

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Pelo menos dez manifestantes morreram hoje e outros 22 ficaram feridos na cidade de Deir Al Zur, no leste da Síria, por disparos da aliança liderada pelos curdos, Forças Democráticas Sírias (SDF), noticiou a televisão Syria TV.

A estação de televisão, agora controlada pelos rebeldes da oposição, citou "fontes privadas" e mostrou imagens de centenas de pessoas a manifestarem-se pela saída das SDF de Deir Al Zur, pedindo que a cidade seja controlada pela aliança de fações liderada pelo Organismo de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe), que derrubou o regime do ex-presidente Bachar al Assad.

"Deus é grande, Deus é grande deixem sair esses gangues do SDF", ouvia-se no vídeo exibido pela Syria TV.

O SDF, que não reagiu a esta informação, inclui entre os seus quadros as Unidades de Proteção Popular (YPG), apoiadas pelos Estados Unidos na sua luta contra a organização terrorista Estado Islâmico (EI), noticiou a agência Efe.

A Turquia, por sua vez, que apoia o HTS, considera o YPG um grupo terrorista e afiliado da guerrilha turca Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

A aliança curda síria tinha anunciado, na passada sexta-feira, que as suas unidades foram destacadas para Deir al-Zur depois de o Exército sírio e as milícias iranianas se terem retirado da cidade, perante o avanço da coligação insurgente, composta por uma variedade de fações armadas, incluindo grupos apoiados pela Turquia.

Israel garante incursão "limitada"

O embaixador israelita na ONU disse que o país tomou "medidas limitadas e temporárias", com uma incursão na zona desmilitarizada dos Montes Golã sírios, devido à "ameaça à segurança" dos seus cidadãos.

Danny Danon garantiu, numa reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU realizada à porta fechada, que Israel "não intervirá no conflito entre os rebeldes na Síria", de acordo com uma mensagem publicada na rede social X, na segunda-feira.

O diplomata disse que a incursão foi lançada depois de, no sábado, "grupos armados terem entrado" na "zona tampão" entre Israel e a Síria, atacado uma missão de observadores da ONU e assumido o controlo de vários postos avançados da missão.

Os grupos armados "colocaram seriamente em perigo a segurança do pessoal da ONU", pelo que as forças armadas "ajudaram as tropas da ONU a repelir o ataque", disse.

Horas antes, Guterres defendeu que a incursão do Exército israelita na zona desmilitarizada dos Montes Golã sírios viola o acordo territorial entre ambos os países, datado de 1974.

"Acreditamos que isto será uma violação do acordo de 1974, e os acordos não devem ser violados", indicou o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, numa conferência de imprensa na sede da ONU, em Nova Iorque.

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