12 dez, 2024 - 08:28 • André Rodrigues
A Médicos do Mundo vai reforçar a ajuda humanitária na Síria.
Num comunicado, divulgado no site daquela organização não governamental, a prioridade será o envio de equipas médicas e bens essenciais para as regiões mais afetadas pelas hostilidades que culminaram com a queda de Bashar al-Assad.
“Como parte da nossa resposta de emergência no noroeste da Síria e em áreas anteriormente controladas pelo governo, a Médicos do Mundo vai dar prioridade ao envio rápido de equipas médicas e bens essenciais para as regiões afetadas pelas hostilidades entre 27 de novembro e 8 de dezembro de 2024”, pode ler-se na nota.
As operações da vão centrar-se sobretudo em Aleppo, Hama, Homs e Damasco: “vamos efetuar a coordenação necessária com as autoridades sanitárias locais e os parceiros internacionais, para garantir a distribuição eficiente de material médico, incluindo medicamentos e consumíveis”.
Se, por um lado, a situação política na Síria evolui rapidamente, por outro lado, “a terrível crise humanitária persiste” e exige uma resposta urgente.
Síria
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“Apelamos a todas as partes envolvidas para que respeitem os direitos humanos do povo sírio e facilitem a ajuda humanitária aos 16,7 milhões de pessoas que dela necessitam. Dado que a situação na Síria está diretamente ligada a questões regionais, apelamos ainda a todas as partes para que cessem as hostilidades e protejam as comunidades afetadas por anos de conflito intenso”, refere o comunicado.
As infraestruturas civis, sobretudo os hospitais, “são vitais para a proteção da população civil e para a prestação de ajuda humanitária. O acesso humanitário deve ser respeitado, facilitando o acesso dos trabalhadores do setor da saúde, incluindo os profissionais não médicos”.
Aos doadores, a Médicos do Mundo apela que garantam “acesso seguro e sustentado aos serviços de cuidados de saúde primários em toda a Síria”, bem como um reforço das cadeias de abastecimento médico, “para atenuar a escassez crítica de medicamentos essenciais e de kits cirúrgicos”.
Finalmente, apela à expansão dos serviços de saúde mental, dado que “os serviços atuais apenas chegam a uma pequena parte das pessoas com essas necessidades”.