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Guerra na Ucrânia

Kiev retalia com drones face a ataques aéreos consecutivos da Rússia

14 dez, 2024 - 17:20 • Lusa

De acordo com a força aérea ucraniana, a Rússia prosseguiu este sábado os seus ataques com 'drones', lançando 132 dessas munições em território ucraniano.

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Uma criança morreu em consequência de um ataque realizado este sábado por drones [aparelhos aéreos não-tripulados] ucranianos no sul da Rússia, que provocaram um incêndio num importante terminal petrolífero, anunciaram autoridades locais russas.

O ataque com 'drones' ocorreu um dia depois de um maciço ataque aéreo russo contra posições na Ucrânia, que o Presidente Volodymyr Zelensky disse ser um dos mais fortes bombardeamentos sobre o setor energético ucraniano desde a invasão da Rússia há quase três anos.

O menor morreu quando um 'drone' atingiu a casa da sua família nos arredores de Belgorod, uma cidade russa perto da fronteira com a Ucrânia, anunciou de manhã o governador local, Vyacheslav Gladkov, em mensagem na rede social Telegram.

Gladkov acrescentou que a mãe e a irmã de sete meses da vítima mortal foram hospitalizadas com ferimentos.

O governador publicou fotografias do que disse ser o rescaldo do ataque, mostrando uma casa baixa com buracos no telhado e na parede frontal, ladeada por montes de escombros.

Também no sul da Rússia, 'drones' ucranianos atingiram durante a noite um importante terminal petrolífero na região de Oryol, provocando um incêndio, anunciou hoje o Estado-Maior da Ucrânia.

Fotografias publicadas pelo Estado-Maior e pelos canais noticiosos russos Telegram mostram enormes nuvens de fumo a envolver as instalações, iluminadas por um brilho cor de laranja.

O governador de Oryol, Andrey Klychkov, confirmou o ataque de um 'drone ucraniano e posteriormente, noutra mensagem no Telegram, disse que o incêndio tinha sido controlado e que não havia vítimas.

Os ataques ucranianos ocorreram um dia depois de a Rússia ter disparado 93 mísseis de cruzeiro e balísticos e quase 200 'drones' contra o seu vizinho, aumentando os estragos de infraestruturas energéticas na Ucrânia, cerca de metade das quais foram destruídas durante a guerra.

Os apagões elétricos são comuns e generalizados e o Presidente Zelenskyy acusou Moscovo de estar a "aterrorizar milhões de pessoas" com este tipo de ataques.

De acordo com a força aérea ucraniana, a Rússia prosseguiu este sábado os seus ataques com 'drones', lançando 132 dessas munições em território ucraniano.

Cinquenta e oito 'drones' foram abatidos e outros 72 desviaram-se da rota, provavelmente devido a interferências eletrónicas, de acordo com uma declaração da força aérea feita na Internet.

O Ministério da Defesa russo disse na sexta-feira que os militares russos usaram mísseis de precisão de longo alcance e 'drones' em "instalações de combustível e energia de importância crítica na Ucrânia que garantem o funcionamento do complexo industrial militar".

O ataque foi uma retaliação ao ataque ucraniano de quarta-feira, que utilizou o Sistema de Mísseis Táticos do Exército (ATACM), fornecido pelos Estados Unidos, contra uma base aérea russa.

Os aliados ocidentais de Kiev forneceram à Ucrânia sistemas de defesa aérea para a ajudar a proteger as infraestruturas críticas, mas a Rússia tem procurado sobrecarregar as defesas aéreas com ataques combinados que envolvem um grande número de mísseis e 'drones' chamados "enxames".

Este ano, a Rússia tem mantido a iniciativa, uma vez que as suas forças armadas têm vindo a penetrar nas defesas ucranianas a leste, numa série de ofensivas lentas mas constantes.

Mas a incerteza rodeia a forma como a guerra se poderá desenrolar no próximo ano.

O Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que toma posse no próximo mês, prometeu acabar com a guerra e pôs em dúvida se o apoio militar vital dos EUA a Kiev vai continuar.

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  • Força, Ucrânia
    15 dez, 2024 Ucrania 13:12
    Sempre que possível, a Ucrânia deve ripostar aos ataques russos, com tudo o que tiver ao alcance, alvejando aeródromos e zonas de concentração logística com armamento, munições e combustível. Contactem Israel para fornecer material para reforçar a vossa defesa anti-aérea e ponham o máximo de F-16 em ação. E usar maciçamente as minas anti-pessoal para retardar os avanços russos, mandando bugiar as proibições - a Rússia também usou essas minas e ninguém, exceto a Ucrânia, disse nada. No resto é prepararem-se para 4 anos sem apoios dos EUA - é o tempo que vai demorar até ser eleito outro Presidente dos EUA.

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