14 dez, 2024 - 22:08 • Lusa
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, defendeu este sábado que "a melhor solução" é que os sírios que se refugiaram no Líbano regressem a casa, após a queda do regime do Presidente sírio Bashar al-Assad.
"A guerra [civil] na Síria fez com que o Líbano tenha o maior número de refugiados 'per capita' do mundo", afirmou Mikati em Roma, no comício político anual organizado pelo partido de extrema-direita Irmãos de Itália, da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
"A pressão sobre os nossos recursos tem sido substancial, agravando os problemas económicos existentes e conduzindo a uma concorrência feroz por empregos e serviços", prosseguiu.
"Atualmente, e após a transformação política na Síria, a melhor solução para este problema é o regresso dos sírios ao seu país", declarou.
Segundo as autoridades, o Líbano, com 5,8 milhões de habitantes, acolhe presentemente cerca de dois milhões de sírios (cerca de 800.000 estão registados junto das Nações Unidas), o mais elevado número de refugiados por habitante do mundo.
Muitos deles fugiram após o início da guerra civil, em 2011, que se seguiu à repressão brutal dos protestos contra o regime de Bashar al-Assad, na sequência da Primavera Árabe.
A guerra, que matou mais de 300.000 pessoas, obrigou à deslocação de metade da população síria e fez sair do país quase seis milhões de refugiados.
Mitaki sustentou que "a comunidade internacional, em particular a Europa, deverá ajudar ao regresso dos sírios".
Para tal, os países europeus devem "lançar iniciativas de reconstrução nas zonas seguras da Síria", sublinhou.