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Assad diz que queria ficar a lutar na Síria, mas foi retirado pela Rússia

16 dez, 2024 - 14:52 • Marta Pedreira Mixão com Reuters

Presidente deposto emitiu a primeira declaração desde que deixou o seu país e se refugiou em Moscovo, na qual afirma que o seu objetivo era continuar a combater as forças rebeldes.

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O antigo Presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou, esta segunda-feira, que abandonou Damasco, em direção à Rússia a partir da base de Hmeimim, na noite de 8 de dezembro, quando a cidade foi alvo de ataques de drones.

Este comentário foi publicado no canal Telegram da presidência síria, com data de 16 de dezembro, e foi o primeiro de Assad desde que foi deposto, há mais de uma semana, pela ofensiva rebelde.

Segundo a agência de notícias russa TASS, Assad não considerou "em momento algum" sair do país.

Através do Facebook, o antigo Presidente sírio assegurou que a sua intenção era ficar em Damasco e lutar, mas os russos fizeram-no abandonar a Síria.

"A minha partida da Síria não foi planeada nem ocorreu durante as últimas horas das batalhas", explica.

"É um sentimento indescritível". Milhares saem à rua na Síria para celebrar queda de regime de Bashar al-Assad
"É um sentimento indescritível". Milhares saem à rua na Síria para celebrar queda de regime de Bashar al-Assad

"Moscovo pediu uma evacuação imediata para a Rússia na noite de domingo, 8 de dezembro", declarou Assad.

"Quando o Estado cai nas mãos do terrorismo, e se perde a capacidade de dar uma contribuição significativa, qualquer posição torna-se vazia de propósito", argumenta o Presidente deposto.

No dia 8 de dezembro de 2024, os rebeldes sírios tomaram Damasco, o que levou Assad a abandonar o país, pondo fim a mais de 50 anos de domínio da família Assad.

A guerra civil síria começou a 15 de março de 2011, quando a repressão de protestos populares espoletou uma revolta armada.

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