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Crise na Geórgia. Presidente cessante diz que "única saída pacífica são eleições"

16 dez, 2024 - 07:07 • Lusa

O político leal ao governo Mikhail Kavelashvili foi eleito presidente da Geórgia, durante uma votação no parlamento que foi boicotada pela oposição, indicou a Comissão Eleitoral Central da república caucasiana.

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A presidente cessante da Geórgia garantiu ao líder do Conselho Europeu, António Costa, que "a única saída pacífica da crise" no país é realizar novas eleições.

"Esta noite falei com Costa sobre os últimos acontecimentos na Geórgia. Salientei que a única saída pacífica para a crise é política: através de novas eleições! Costa garantiu-me que a UE continuará a apoiar o povo georgiano e o seu futuro europeu", afirmou Salome Zurabishvili, na rede social X, no domingo.

Na sexta-feira, o político leal ao governo Mikhail Kavelashvili foi eleito presidente da Geórgia, durante uma votação no parlamento que foi boicotada pela oposição, indicou a Comissão Eleitoral Central da república caucasiana.

A oposição georgiana, que recebeu o apoio de Zurabishvili, confrontou o Governo de Irakli Kobajidze com manifestações de rua em protesto contra as eleições legislativas, alegando fraude.

A presidente, no cargo desde 2018, anunciou que se vai manter no poder depois de ter declarado ilegítima a votação para o novo presidente, que foi boicotada pela oposição, em protestos diários, em Tbilissi, desde que o Governo congelou as negociações de adesão à UE em 28 de novembro.

As conversações ocorrem na véspera de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE em Bruxelas, que inclui a candidatura da Geórgia à adesão à UE e a cooperação no âmbito da Parceria Oriental. A invasão russa da Ucrânia e a situação no Médio Oriente, nomeadamente na Síria e no Líbano, também serão debatidas.

Único candidato, Kavelashvili tornou-se no sexto presidente na história da Geórgia desde a independência da União Soviética em 1991.

As autoridades modificaram o mecanismo de eleição do presidente, que pela primeira vez não resultou de sufrágio universal, mas de uma votação colegial de 150 deputados e 150 delegados municipais.

O Governo tinha todas as hipóteses de ganhar, uma vez que domina o parlamento nacional e as assembleias locais. Para ser eleito, Kavelashvili precisava de 200 votos.

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  • Perpe
    16 dez, 2024 Georgia 08:33
    Não sei é porque a atual presidente não ativa o Exército Georgiano, para atuar contra a polícia, quando esta carrega selvaticamente contra as pessoas que se manifestam. Ou o presidente por lá, não é o comandante-chefe das Forças Armadas, ou então a presidente não quer enfrentar abertamente o governo.

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