17 dez, 2024 - 15:16
O comentador de assuntos internacionais da Renascença, Ricardo Ferreira Reis, defende que a ameaça de retaliação da Rússia não significa uma possível escalada do conflito.
Em causa está o ataque que matou o general russo Igor Kirillov, numa explosão que já foi reivindicada pela Ucrânia.
"Não acredito que os russos respondam a isto sem ser num ataque semelhante, ou seja, indo atrás de alguém das Forças Armadas Ucranianas ou do Governo Ucraniano", refere.
Ricardo Ferreira Reis acredita que os russos irão atacar, mas não num registo de escalada do conflito, mas sim com vista às negociações.
"Este tipo de ação denuncia que ambas as partes estão a entrar num registo muito mais comedido nas ações que estão a fazer, muito mais cirúrgicas, porque nos aproximamos do momento da negociação."
Igor Kirillov morreu esta terça-feira na sequência(...)
Para o comentador, "estas ações cirúrgicas são expectáveis para as negociações que deverão ocorrer a partir de fevereiro".
Ricardo Ferreira Reis adverte que "estamos na antecâmara de uma negociação que não está a correr bem à Rússia, como se viu na Síria e se vê agora com estas ações" da Ucrânia.
O general russo Igor Kirillow, responsável pelo departamento de segurança nuclear, química e biológica, foi morto numa explosão junto a um apartamento a sete quilómetros de Moscovo, revelou esta terça-feira o comité de investigação criminal da Rússia.
A explosão, causada por um dispositivo colocado no interior de um motociclo, também vitimou o assistente do militar, acrescenta o órgão criminal.
A morte de Igor Kirillov acontece um dia depois deste ser sancionado por procuradores ucranianos pelo uso de armas químicas, de acordo com o Kyiv Post.