19 dez, 2024 - 09:53 • Pedro Mesquita , enviado da Renascença a Bruxelas
Só com “muita unidade entre a União Europeia e os EUA, no inicio do próximo ano, será possível alcançar a paz", garante Zelensky:
“A partir do próximo ano precisamos de unidade entre os EUA e a União Europeia. Isso é muito importante. Precisamos dessa unidade para alcançar a paz. Penso que só com os EUA e a Europa juntos será possível travar Putin e salvar a Ucrânia”. Os votos de Zelensky, escutados - a seu lado - pelo novo anfitrião do Conselho Europeu. Sem referir datas, António Costa também formulou um desejo, voltando-se para o Presidente da Ucrânia: “Queremos um dia dar-te as boas-vindas, como membro da União Europeia”.
Para já, António Costa deixa uma certeza: Os 27 estarão sempre ao lado da Ucrânia, agora, na guerra, e quando chegar a paz.
Já a voz do governo português neste Conselho – Luís Montenegro – sublinha as limitações orçamentais do nosso país. Ainda assim, se tal vier a ser necessário, admite reponderar um reforço do apoio militar português à Ucrânia.
“No contexto da solidariedade europeia, no contexto da Aliança Atlântica, nós teremos sempre de estar à altura da responsabilidade de sermos parceiros ativos. Portanto, eu não posso estar a dizer que não possa haver um reforço. A situação terá sempre que ser reponderada, de acordo com as circunstâncias. Temos limitações orçamentais, como sabemos”, disse.
A Renascença confrontou depois Montenegro com as palavras de Zelensky. Perguntamos ao primeiro-ministro se a União Europeia não estará, neste momento, em modo “stand by”, à espera do regresso de Trump à Casa Branca? Nada disso, garante Montenegro: “Creio que não, e creio que seria um mau sinal se a Europa estivesse de estar à espera de quem quer que seja para assumir os seus valores, a sua vontade e a sua posição. Isto não significa não tenha interesse, que tem, de estreitar ainda mais a sua relação transatlântica, nomeadamente com os Estados Unidos da América”.
Quem já chegou à presidência, mas do Conselho Europeu, foi António Costa e isso deixa Montenegro feliz: “Quero partilhar a alegria que, para o governo português, é poder participar neste primeiro Conselho Europeu deste novo ciclo num Conselho Europeu que é presidido por um português, António Costa, renovando a nossa expectativa positiva quanto aquela que pode ser a sua contribuição para o bom funcionamento dos trabalhos e a construção de pontes entre os 27 Estados-membros”.
[Atualizado às 12h20]