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Segurança

Atropelamento na Alemanha. Europa deve ter "cuidado acrescido" com "aglomerações de pessoas”

20 dez, 2024 - 22:44 • José Carlos Silva , Miguel Marques Ribeiro

O presidente do Observatório de Segurança, Francisco Rodrigues, considera que é "bastante prematuro dizermos se se trata ou não de um atentado terrorista".

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Um médico de nacionalidade saudita foi detido este sábado na sequência do atropelamento de dezenas de pessoas num mercado de Natal em Magdeburgo, na Alemanha.

O presidente do Observatório de Segurança (OSCOT) prevê que os países europeus apertem a vigilância contra este tipo de ações.

“Acredito que de uma forma preventiva a nível da Europa, os países vão dar a partir de hoje um cuidado acrescido a tudo aquilo que é aglomerações de pessoas”, afirmou o especialista à Renascença.

Hipótese do "lobo solitário"

O atropelamento em massa, que provocou um número de mortos ainda por determinar e várias dezenas de feridos, faz lembrar outro ocorrido em 2016, do qual resultam 12 mortos e que foi reivindicado pelo Estado Islâmico.

Francisco Rodrigues defendeu que “é preciso esperar pelos resultados das investigações da polícia alemã”.

“Acho que é bastante prematuro dizermos se se trata ou não de um atentado terrorista ou se é outra tipologia de ação”, referiu o dirigente do OSCOT.

“Tudo leva a crer que poderá tratar-se daquilo que nós tipificamos como lobos solitários, porque, foi perpetrado por uma pessoa segundo parece, sem referências ou sem ligações mais concretas a esta ou àquela organização. Sabemos que é oriundo do Médio Oriente, mas mais não se sabe”, acrescentou.

"Relaxar da segurança"

Para Francisco Rodrigues, o histórico de ataques do género permitiu “um conjunto de facto de aprendizagens”. O investigador acredita que um erro no sistema de segurança que estava montado na cidade do nordeste alemão.

“Existem falhas nos sistemas e eu acredito que tenha havido ali uma falha qualquer. Que, em última instância, até pode ter sido, porventura, um momento aproveitado de um relaxar da segurança, numa das entradas”, explicou.

“Há á necessidade, naturalmente, de deixar livres à circulação veículos que utilizam essas entradas para a implementação das estruturas dos mercados de Natal, para levar produtos para o interior do mercado e é bem provável que esse indivíduo tenha aproveitado uma dessas aberturas para fazer o ato hediondo que acabou de fazer”, avança o especialista.

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