20 dez, 2024 - 19:10 • Ricardo Vieira , Fábio Monteiro
Dezenas de pessoas foram atropeladas e pelo menos duas morreram, num mercado de Natal em Magdeburgo, na Alemanha, após um carro ter entrado a grande velocidade no recinto.
O jornal "Bild" fala em onze mortos, mas o ministro-presidente da Saxónia-Anhalt, a que Magdeburgo pertence, citado pela Reuters, confirma apenas a existência de duas mortes, uma das quais de uma criança pequena.
O condutor é um médico de nacionalidade saudita, 50 anos, que agiu sozinho.
O jornal "Bild" avança que o indivíduo conduzia um BMW e foi detido pelas autoridades. As suas motivações são ainda desconhecidas.
O porta-voz do munícipio de Magdeburg confirmou a existência de pelo menos 68 feridos, 15 delas com gravidade. Entre os feridos, existem crianças.
“Extensas operações policiais estão a ocorrer neste momento no mercado de Natal de Magdeburg. O mercado de Natal no centro da cidade está fechado”, anunciou a polícia local na rede social “X”.
"Este é um acontecimento terrível, especialmente nos dias que antecedem o Natal", disse o líder político do Estado da Saxônia-Anhalt, Reiner Erich Haseloff, em reação ao sucedido.
Segundo a imprensa alemã, o Chanceler Federal Olaf Scholz e a Ministra do Interior Nancy Faeser estarão este sábado em Magdeburg, a visitar o local do incidente.
Nancy Faeser tinha recentemente apelado ao público para estar vigilante nos mercados de Natal, sem mencionar quaisquer ameaças específicas.
Os serviços de informação alertaram recentemente para o facto de os mercados de Natal serem um “alvo ideologicamente adequado para pessoas motivadas pelo islamismo”.
Em dezembro de 2016 a Alemanha sofreu um atentado com um camião num mercado de Natal, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), no qual morreram 12 pessoas no centro de Berlim.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, também já se pronunciou sobre o atropelamento.
"Estou chocado com as notícias horríveis de Magdeburg. Os meus pensamentos estão com as vítimas e as suas famílias", escreveu na rede social X.
O presidente do Conselho Europeu acrescentou que "a União Europeia está solidária com a Alemanha".